Lá pelos 14, 15 anos, Mateus tinha uma certeza: queria estudar na Satc. Mas, quando foi fazer o primeiro teste para ingressar no ensino médio, o adolescente de Rio Fiorita, Siderópolis, não passou. “Nossa, fiquei muito triste porque era o meu sonho. Sabia que quem estudava na Satc, se formava e se dava bem profissionalmente”, conta.  

O não que recebeu, não o fez parar, mas mostrou que é preciso ir atrás dos sonhos. Foi estudar em outro colégio, mas não deixou de lado o desejo. E um ano depois voltou para passar na prova e ingressar no ensino médio. “Nem me importei em repetir um ano. Estava feliz”.  

Esse ensinamento, de não parar na primeira adversidade, Mateus Felisberto leva para a vida. E já o ajudou a encarar desafios profissionais. Atualmente, o ex-aluno do Colégio Satc é analista em Assistência Técnica na multinacional ArcelorMittal, em Recife (PE). A empresa é uma das principais do mundo na produção de aço e mineração. 

“Quando me formei em Eletrotécnica fui fazer o estágio na Embraco, em Joinville. No 10º mês já seria efetivado e veio uma proposta para ingressar na Vega do Sul, hoje ArcelorMittal. Falei com meus superiores e eles me incentivaram. Hoje, são quase 20 anos atuando na empresa”, relembra. O analista iniciou na empresa em São Francisco do Sul, mas depois foi transferido para o Recife por conta do crescimento do mercado automotivo e representa a empresa em Pernambuco.  

Para Mateus, a passagem pela Satc foi fundamental para auxiliar não apenas na formação técnica, mas também no contato com as pessoas. “As orientações dos professores, as dicas de estágio, a boa relação com as empresas, tudo isso ajudou muito. Não é só o ensino de qualidade, mas a educação que me auxiliou”, pondera.  

O reconhecimento  

Outro conselho que o sideropolitano dá aos jovens é não parar de estudar. Mateus cursou a graduação em Processos Industriais e depois fez pós-graduação em Engenharia de Produção. “Eu sempre gostei de estudar”, afirma.  

Quando ingressou na ArcelorMittal precisou fazer um treinamento de seis meses na empresa, em Dunkerque, na França. “Minha família foi muito importante, sempre me apoiando”.  

E é na família que ele tem a fortaleza. O filho da dona Márcia Regina sabe o quanto a mãe, que era empregada doméstica, lutou para que ele pudesse estudar. O carinho a ela e aos avós maternos é evidente. “Tenho muito que retribuir à minha mãe e aos meus avós por tudo que fizeram por mim. Nos primeiros meses de estágio, nos primeiros salários, já fiz algo. Comprei um jogo de cozinha novo para meus avós”, relembra Mateus.