Item básico em todas as casas brasileiras, o gás de cozinha vem com novo aumento. O quinto já no ano de 2021. Agora, de acordo com a Petrobras, o reajuste é de 5,9%. Em janeiro, a estatal já havia anunciado uma elevação no preço de 6%, em fevereiro a alta foi de 5,1%, em março houve um reajuste no preço por quilo passando a ser R$ 0,15 e em abril o aumento foi de 5%.  

Indispensável na sua casa, o gás de cozinha está impactando diretamente na renda famílias de Ana Paula Rosa que viu o preço subir nos últimos meses.

“É um absurdo esse aumento. Só nesse ano já subiu diversas vezes, está tudo ficando cada vez mais caro. Temos que cortar algumas coisas para comprar o gás, porque sem ele não tem como ficarmos. Tem que tirar 90, 100 reais todo mês por conta disso, está cada vez mais complicado”, relatou.

Nas distribuidoras, onde era possível encontrar o botijão de 13 quilos por, em média, R$ 85,00, hoje já se encontra a R$ 92,00. Nos veículos de que fazem a entrega nos bairros, o preço oscila de R$ 95,00 a R$ 100,00.

Variação do gás tem a ver com mercado internacional

Conforme o economista Alcides Goulart Filho o preço do combustível e do gás de cozinha está associado à variação cambial do movimento internacional do valor do petróleo. Segundo ele, o atual governo utiliza como parâmetros para definir o preço da gasolina e de outros derivados a variação do mercado internacional. Outra coisa que soma como fator para aumento do preço é o valor do dólar que apesar de estar em uma queda nesse mês o valor subiu muito nos últimos anos.

Embora o presidente Jair Bolsonaro tenha zerado as alíquotas em março de 2021 sobre o Programas de Integração Social (PIS) e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), o economista ressalta que zerar os impostos não significa que o preço será diminuído.

“E pode subir ainda mais o preço por conta dessa variação. Se a tendência internacional for subir o preço vai aumentar ainda mais, a redução do valor só vai depender dessa variação”, informou.