A lista de obras e ações prioritárias para o desenvolvimento do sul catarinense integram o documento “Eleições 2022 – pleitos da classe empresarial”. São 71 pontos que envolvem as áreas de infraestrutura, saúde, segurança pública, turismo, educação, tributária, política e gestão pública.

O documento foi apresentado à imprensa por representantes da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Fórum das Entidades de Criciúma (Forcri), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Regional Sul da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

Segundo o presidente da Acic, Valcir José Zanette, o lançamento dos pleitos da classe empresarial leva o apoio das instituições e serve para fortalecer a região. “Nossas pautas, envolvem educação, saúde e infraestrutura, mas há outros pontos. Há união e participação no desenvolvimento para ter o Sul como exemplo”, ponderou Zanette.

A iniciativa está atrelada à campanha Voto Regional para as eleições 2022, que estimula os eleitores a optar por candidatos que sejam da região. Entre os itens que há mais pontos está a infraestrutura, com 24 indicações. Questões como triplicação do trecho sul da BR-101, concluir a pavimentação da BR-285, duplicar a rodovia Paulino Búrigo e articular novos horários de voos no aeroporto Regional de Jaguaruna, são alguns dos itens pontuados.

Empresários querem evitar perdas

O vice-presidente da Fiesc, Regional Sul, José Carlos Sprícigo pontuou que a união é a chave para o desenvolvimento da região. “Devemos pensar em um coletivo, propostas que possam beneficiar a região sul inteira, não pontos isolados”, afirmou.

Em relação aos pontos direcionados a infraestrutura, a demanda relacionada ao gás natural teve um grande impacto no setor empresarial. Conforme Sprícigo, o Sul perdeu investimentos na ordem de R$ 350 milhões. Uma empresa, que faria o investimento, voltou atrás e levou a planta para São Paulo por conta do valor na tarifa do gás natural.

No mês de julho, o combustível, que abastece a indústria, teve um aumento de 41,05%. Esse reajuste no valor se deu, portanto, pela não concretização do mercado livre de gás, a proposta não foi regulamentada pelas agências reguladoras a tempo, o que impossibilitou a implantação da lei, deixando a permanência do monopólio sob domínio da Petrobras.

Reuniões com os candidatos às eleições 2022

O primeiro passo das entidades foi, portanto, trazer o documento e apresentar à imprensa. Candidatos e assessores já acompanharam a apresentação na tarde desta terça-feira (9). Agora, o próximo passo é fazer reuniões com os candidatos.

“Estamos abertos e queremos conversar com todos. Nossa intenção é, dessa forma, mostrar os nossos pleitos e ouvir as propostas dos candidatos”, informou o presidente da Acic.

Texto: Louise Müller, Monique Amboni e Marli Vitali.