Cada vez mais se ouve falar sobre coleta de dados, principalmente, as informações pessoais de usuários que são colocadas na internet. Porém, existem dados que são gerados no dia a dia e vão alimentando diferentes áreas, com é o caso do preço dos combustíveis. É difícil lembrar quanto estava o litro da gasolina em agosto de 2019. No entanto, estudos vinculados à mineração de dados são responsáveis por encontrar essas informações e mostrar o padrão entre elas.

A partir desse conhecimento, acadêmicos do curso de Engenharia de Computação do Centro Universitário UniSatc realizaram projetos voltados à exploração de grandes quantidades de dados.

A tecnologia se faz cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e as empresas a utilizam como planejamento de ações estratégicas. O Data Mining ou Mineração de dados, é uma nova ferramenta que auxilia na identificação de dados relevantes, seja para empresas, estudos ou pesquisas científicas.

“É muito comum que empresas utilizem dados como estratégia e tomada de decisões. Um exemplo disso é quando a gente pesquisa algo no celular que queremos comprar. Em seguida, os sites e redes sociais ficam disparando anúncios sobre o produto que queremos. Esses métodos são parecidos com aqueles que os alunos usaram em sala de aula”, explicou o professor Fábio de Bittencourt.

Conforme o coordenador do curso de Engenharia de Computação, Gustavo de Lucca, a realização de projetos como esse agregam para a formação dos acadêmicos. “O objetivo de estudos como esse é de pegar problemas reais e usar as técnicas da disciplina para tentar fazer descoberta de informação, encontrar dados escondidos. Dessa forma, as equipes trabalharam dados sobre a Covid-19 até salário dos servidores públicos do Brasil”, destacou.

O que os dados podem falar?

Em meio à tanta informação, a mineração de dados é uma forma eficaz de extrair dados relevantes e úteis para empresas e instituições. Pensando usar as técnicas de Data Mining de uma forma colaborativa, os acadêmicos direcionaram suas pesquisas para 10 temas relevantes e curiosos para a sociedade.

Como é o caso do projeto sobre ‘Consumo de Bebidas Alcoólicas’, a pesquisa visou realizar um comparativo entre o consumo de vinho, cerveja e destilados durante o ano de 2010 em 193 países. “Com a pesquisa descobrimos que os franceses são os que consomem mais vinho, 370 taças de por pessoa no ano. Ou que o maior consumidor de destilados não é a Rússia. Já Granada (país do Caribe) consome em dia 438 doses (~50ml) de destilados por pessoa no ano, enquanto a Rússia teve uma média de 326”, destacou o acadêmico Bruno César Ghislandi.

Outra temática que traz informações relevantes é sobre o ‘Histórico de Preços de Combustíveis’ entre 2000 e 2020 com todas as alterações de valores. “Caso alguém queira fazer uma pesquisa de preço da gasolina de certa cidade, ou posto, em uma data específica o nosso programa poderia trazer o valor correto da gasolina. Também podemos usar para encontrar o posto com a gasolina mais em conta por meio dos preços anteriores”, esclareceu o acadêmico Vinicius Moreira Alves.

Tendências do mercado de mineração de dados

A pluralidade de áreas que utilizam mineração de dados torna esses futuros profissionais mais valorizados, aquecendo cada vez mais esse mercado e valorizando novas competências e comportamentos.

“Essa carreira vinculada aos dados, faz parte de uma tendência muito forte não só internacionalmente, mas aqui no Brasil também. Existem empresas brasileira que já utilizam isso e que buscam por profissionais que dominam a ferramenta”, pontuou Bittencourt.

Desenvolver novas possibilidades faz com que os alunos enxerguem a teoria vista em sala de aula, com o que está no mercado de trabalho. “Essa disciplina agregou bastante no desenvolvimento analítico pessoal. Fez com que nós desenvolvêssemos novas formas de analisar padrões e chegar, enfim, a resultados mais precisos”, ressaltou Ghislandi.

Já para Alves, os estudos observados em Data Mining mostram de forma técnica como utilizar e manipular uma grande quantidade de dados. “A matéria nos mostrou que dependendo do que nós estamos procurando precisamos de tipos diferentes de dados. E, assim, precisamos escolher aqueles quais são úteis para esse determinado projeto, e aqueles que devemos deixar de lado”, comentou.

Dessa forma, a expertise proposta pela instituição faz com que os acadêmicos fiquem independentes para criarem e ampliarem suas ideias e habilidades. “A UniSatc busca dar oportunidade de desenvolvermos o senso crítico e a necessidade de fazermos coisas úteis com o conhecimento ganho em sala de aula”, afirmou o acadêmico José Pedro da Silva Júnior.

Mineração de dados permite encontrar informações do usuário