Uma comitiva de lideranças do Ministério Público Federal (MPF), Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Mineração e Procuradoria Geral da República (PGR) estiveram visitando a Satc. O objetivo foi conhecer um pouco mais sobre os projetos de pesquisa que estão em andamento no Centro Tecnológico Satc (CTSatc).

O grupo faz parte dos especialistas que vieram à região conhecer mais de perto a Ação Civil Pública (ACP) do carvão mineral. A ação iniciou em 2000 e prevê a recuperação de áreas impactadas pela extração do minério. “A iniciativa envolve a área com o maior passivo ambiental do país. E é fundamental aproximar os atores que estão envolvidos com todo o processo”, informou o procurador da República em Criciúma, Demerval Ribeiro Vianna Filho.

Na visita, na manhã desta terça-feira (26), o grupo conheceu o projeto de captura de CO2 que está em desenvolvimento no Centro Tecnológico Satc (CTSatc). Eles também receberam informações sobre outras pesquisas em andamento. Uma envolve a transformação da pirita em bissulfito. Ainda outra, a produção de zeólita a partir da cinza de carvão.

O reitor da Satc, Carlos Antônio Ferreira, trouxe dados da formação da instituição, criada em 1959 pela indústria carbonífera. “O DNA da Satc está ligado ao setor carbonífero. Sem o aporte financeiro do segmento, portanto, não seria possível promover a transformação que realizamos”, afirmou o reitor.

O sub-procurador da República, Juliano Villa-Verde de Carvalho, coordenador da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal (PMF), ficou entusiasmado com a história da Satc. “Esse é o exemplo de que é possível construir caminhos virtuosos entre o desenvolvimento e a sustentabilidade”, destacou.

Site traz informações da ACP do Carvão

Além do trabalho de recuperação de áreas, uma das ações foi a criação do site ACP do Carvão, que reúne os principais dados sobre os locais. Dessa forma, com acesso gratuito e disponível a todos, o site traz informações atualizadas com os indicadores e relatórios sobre as áreas recuperadas e em recuperação.

No início do processo, o hoje chefe de gabinete substituto da Procuradoria Geral da República (PGR), o procurador Darlan Airton Dias, atuava no Ministério Público Federal de Criciúma. Ele acompanhou de perto o começo dos trabalhos e as mudanças de conceito. “Dá para perceber que se avançou muito no conhecimento, na capacidade técnica. A própria mobilização dos prefeitos em torno do assunto é outro foco de mudança”, comentou Dias.

Na sequência das atividades, a comitiva esteve em reunião com os prefeitos da Amrec. Assim, a pauta tratou de medidas para utilizar áreas que foram recuperadas pela indústria carbonífera.