Com o objetivo de esclarecer o que é a Transição Energética Justa e sua relação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s), ocorreu, na tarde desta quarta-feira (13), no Auditório do Cobusiness, no Centro Tecnológico da Satc (CTSatc), um debate sobre o tema: “Diálogo sobre a Transição Energética Justa”. O evento, aberto à comunidade, contou com a participação de representantes de várias instituições da sociedade civil organizada, além de membros do Comitê Criciúma do Movimento Nacional ODS e representantes do governo de Santa Catarina.

O debate serviu para especificar pontos da Transição Energética Justa, já que, na última semana houve a publicação do Decreto nº 11.124, de 7 de julho de 2022, que criou o Conselho do Programa de Transição Energética Justa (TEJ) e o Plano de Transição Justa para a região Carbonífera.

“Era preciso um plano de estado e que seja discutido e acompanhado pela sociedade e isso já está sendo feito. Temos algumas metas como manter a usina de Jorge Lacerda com a cadeia produtiva operando com emissão zero, além de utilizar outros produtos que a cadeia produtiva do carvão mineral pode estar incluída, resíduos sólidos, fertilizantes, um melhor aproveitamento da ferrovia, recuperação ambiental, entre outros”, contou o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan.

O desafio da transição passa diretamente pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, já que, além do viés econômico, a transição irá incluir o viés social e ambiental. “Esse é um problema enfrentado há muitos anos e que temos que começar a agir agora. A política de transição trouxe ao estado como um todo um desafio ambiental, e isso precisamos trabalhar integrados com todos os setores e sociedade. A transição necessita de investimento em tecnologias, principalmente voltadas a energias de baixo carbono”, reiterou o secretário de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina, Leonardo Porto Ferreira.

Transição Energética: Descarbonizar é fundamental

A importância de todas as fontes de energia, para o desenvolvimento sustentável da matriz energética brasileira foi destacada pelos palestrantes, além de novos negócios que se aproveitem do carvão mineral, como turismo e ecossistemas de inovação. Mesmo assim, todos os produtos serão projetados para que sejam carbono zero.

“Descarbonizar é preciso. A gente não vai acabar com o combustível fóssil, vamos descarbonizar ele. O plano é fundamental para isso e será coordenado pela Casa Civil. Mesmo assim, cabe a nós, como sociedade, fazer isso acontecer. Essa é uma grande oportunidade de gerar o ganho que todos buscamos. Menor desigualdade, proteção ao meio ambiente e tudo mais que é ligado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, exemplificou o presidente da ABCM.