Com apenas 21 anos, o estudante Igor Nascimento almeja se tornar um astronauta. Por conta disso, ele participou da 73ª simulação de Habitat em Marte, com duração de duas semanas, onde realizou um desafio de sobrevivência em Marte.

“A ideia proposta era que um vírus estaria circundando a colônia e teríamos que ficar em lockdown por duas semanas. Portanto, tivemos que pensar em todos os materiais necessários para sobreviver, como alimentos e o que seria necessário para resolver essa questão do vírus. A experiência foi em junho, ocorreu de forma remota, mas normalmente são feitas de modo presencial”, contou Igor. 

O estudante pretende trabalhar na Agência Espacial Brasileira (AEB) e deseja futuramente participar de outras simulações. “Eu sonho em ir para Marte e Lua. Pretendo participar de mais missões, mas é muito bom estar envolto de pessoas que tem conhecimento e de pessoas que querem adquirir esse conhecimento. Em 10 anos me vejo formado em física e começando a criar uma carreira solo visando astronomia e trabalhando na AEB”, relatou. 

Projetos para estudar mais e ser astronauta

Com a pretensão de realizar mais de 80 simulações, o projeto está aberto a inscrições. “Já existem mais calendários de inscrição com as datas que serão realizadas, existem missões nacionais e missões estrangeiras, onde tanto brasileiros quanto pessoas do exterior podem se inscrever. Nós desenvolvemos muitas pesquisas, inclusive muitas pesquisas pessoais, eu por exemplo criei uma inspiração por conta da experiência dessa missão, eu quero e pretendo focar nessa carreira e quero criar pesquisas por meio desse conteúdo”, acrescentou o estudante.

O professor de Física, Fabricio Lacerda, aos 39 anos, também resolveu embarcar na aventura. Conforme ele, a ideia é reproduzir o conhecimento adquirido durante a experiência dentro das salas de aula. 

“Nesse ano tive a oportunidade de me inscrever no projeto Habitat em Marte, achei a ideia sensacional. Eu fui fazer na pensando em realizar essa atividade de uma forma que fosse gerar pautas nas minhas aulas. Foi fantástico, foram 26 participantes, pessoas com idades diferentes, com formações diferentes, experiências de vida diferentes, uma bagagem cultural diferente. Isso, sobretudo, acabou gerando uma troca muito interessante. Juntar pessoas diferentes potencializa o trabalho, com uma produção muito qualificada, muito rica em conteúdo que me trouxe, enfim, muito conhecimento”, contou Fabrício.