Os estudos sobre a captura de carbono no Centro Tecnológico Satc avançam e ganham um reforço a mais a partir de 2023. A West Virginia University se unirá à Eneva e à Satc para atuar no projeto de captura de CO2. Antes, já havia uma parceria para troca de experiências entre os pesquisadores da West Virginia e a equipe do CTSatc. Mas, agora, o objetivo é que eles participem efetivamente de uma das partes do projeto.

“Eles serão contratados para uma atividade específica dentro da simulação do processo de captura de CO2”, informou o pesquisador do CTSatc, Thiago Fernandes de Aquino. A iniciativa aproxima ainda mais as duas instituições, fomentando a pesquisa e trazendo novos olhares sobre o projeto da planta piloto.

Os pesquisadores conheceram dois laboratórios, um relacionado à mobilidade elétrica e outro relacionado à questão da agricultura. “Visitar esses laboratórios é interessante porque temos um núcleo de mobilidade elétrica e também realizamos pesquisas na área de fertilizantes. Observando os resultados internacionais podemos agregar conhecimento em grupos de excelência em nível mundial”, explica o pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Satc, Luciano Bilessimo.

Outro foco de parceria é com a Universidade de Auburn, no Alabama (EUA). Lá, os pesquisadores estudam a gaseificação a partir de uma planta de biomassa, utilizada para produzir gás de síntese. Eles utilizam carvão e polímeros junto com a biomassa.

“Queremos reativar nossa planta de testes aqui para verificar se seria possível usar o gás de síntese no lugar do gás natural. Isso seria uma alternativa para a indústria cerâmica, que usa o gás natural em seus fornos”, explicou Aquino.

Pesquisadores investigam área de hidrogênio

Os estudos, em nível mundial, avançam muito para o uso do hidrogênio em diferentes processos. Conforme Aquino, é fundamental que Santa Catarina também amplie a discussão sobre o tema e sua aplicabilidade. “Temos que unir forças, formar um Plano Estadual que reúna entidades parceiras, academia, setor produtivo, para atuar em conjunto”, afirmou.

Recentemente, muito se tem falado do hidrogênio verde, produzido com eletricidade que vem de fontes de energia limpas e renováveis. Como a matriz energética brasileira é limpa, o país tem potencial de destaque na produção do hidrogênio verde.