Borboletas, beija-flor e andorinhas são algumas das espécies que anunciam a chegada da Primavera. E com ela insetos começam a sair da toca para as residências. Isto porque os grupos aumentam exponencialmente a população nesta época do ano. 

Segundo a bióloga Betina Emerick, algumas espécies preferem as temperaturas quentes para a reprodução. “É também na Primavera e Verão que as plantas estão férteis, com flores e frutos, então há o aumento das fontes alimentares o que auxilia no aumento populacional dos insetos”, explicou. 

Na Primavera os insetos mais comuns que aparecem são as abelhas meliponini que voltam a atividade intensa de forrageio em busca por alimento. E o Geniates barbatus, o besouro amarelo. Em áreas perto de matas ou árvores, o aparecimento de aranhas armadeira é comum e possui veneno em suas pernas dianteiras. 

Também é a época de reprodução dos cupins, decorrente da alta umidade na temperatura. Além desses, tem as formigas que começam com um processo intenso de forrageameto, ou seja, uma busca ativa por alimento para ter uma reserva em períodos desfavoráveis, como outono e inverno.  

Aumento de insetos também provoca doenças 

Uma das consequências que os insetos podem trazer, é o aumento da dermatite atópica nos cães. Esta doença é decorrente a sensibilidade que o cão ou o gato podem ter. De acordo com a dermatologista veterinária Natália Búrigo, é um problema genético que não tem cura e ao longo da vida pode desencadear mais problemas. 

“Como a dermatite atópica é uma doença de pele crônica e inflamatória, ela afeta a qualidade de vida, pois o animal fica estressado por conta da coceira. Então podem ter infecções secundárias, por bactérias e fungos”. A doença pode se desencadear em qualquer raça de animal, mas principalmente em shih-tzu, golden, yorkshire, pug, buldogue francês, entre outros. 

Para os donos saberem reconhecer quando que é a dermatite atópica, deve-se olhar a qualidade de vida do animal. “É ver se ele estiver se lambendo muito ou se coçando, principalmente nas patas e se tem ferida. Depois que a doença se manifesta eles tendem a nunca mais se curarem e pode piorar ao longo dos anos, então tem controle através de medicações é o indicado”, afirmou Natália.