Nos últimos meses, os moradores de Criciúma se acostumaram a ver casos de atropelamento e deslocamento de animais silvestres na cidade. Os animais silvestres são os que vivem na natureza e não possuem contato com o ser humano. Saber mais sobre essas espécies é essencial para compreender e saber preservar.

Em Criciúma, há 19 espécies de mamíferos de médio porte, que quando adultos, possuem mais de um quilo. E os de grande porte, que quando adultos possuem mais de 20 quilos. Além dos mamíferos, o município abriga assim mais de 100 espécies de aves. 

Segundo o biólogo da Fauna Ativa de Criciúma, Vitor Bastos, o único mamífero de grande porte é a capivara. Na região há o gambá-de-orelha-preta, a cutia, o ratão-do-banhado, a irara, o furão, a lontra, o ouriço-cacheiro, o mão-pelada e o quati. “Também temos portanto o tamanduá-mirim, o tatu-galinha, o gato-do-mato-pequeno, o gato-maracajá, o jaguarundi, o cachorro-do-mato, o macaco prego, o bugio, e por último, a lebre”, complementou Bastos. 

Criciúma comporta uma riqueza de aves presente na região no Morro do Céu. As principais, são: tucano-de-bico-verde, aracuã-pintado, pica-pau, saíra-militar, saíra-sete-cores, inhambuguaçu, jacupemba, gavião-carijó, gavião-gato, corujinha-do-mato e o mocho-diabo. 

Devido aos deslocamentos dos animais silvestres, algumas dessas espécies adentram o município em busca de alimento, pois há escassez no local em que habitam. Como é o exemplo do quati, que anda em bandos grandes, presente no Morro Cechinel. E os mamíferos com maior número de registro no meio urbano, são os gambás de orelha-branca e a capivara.

Também há o bugio, uma espécie de primata que de vez em quando se perde ao buscar uma nova área de vida. O tamanduá-mirim, que por andar devagar possui um alto risco de atropelamento ou ataque de cães. E, por fim, o ouriço-cacheiro, que também é chamado como porco-espinho, que após o inverno, sai da hibernação e acaba entrando dentro da cidade.

Áreas de proteção reúnem animais silvestres

A concentração dos animais está mais presente na região da Área de Proteção Animal (APA) do Morro Cechinel. E nos bairros, como, São Simão, Lote Seis, Prospera, Pio Correa e Centro. Quando estes animais entram no meio urbano, necessitam de certa atenção, pois podem sofrer um atropelamento, ou sofrer ataque de cães. 

De acordo com o biólogo, muitas espécies estão achando seu espaço novamente. “Pelo que estou notando, se a população respeitar e cuidar, a situação irá melhorar. E, saber que futuras gerações vão poder visualizar estas espécies, é sensacional”, ressaltou. 

Caso um animal silvestre for avistado no meio urbano deverá seguir os seguintes procedimentos:

  • Ligar para a Diretoria do Meio Ambiente de Criciúma – 3445-8811;
  • Para os Bombeiros (193);
  • Ou chamar na página do Instagram da Fauna Ativa de Criciúma.