Ser criança é não ter hora pra terminar a brincadeira, é ser feliz com o pouco, é deixar a magia da imaginação florescer. E com um simples sorriso cativam as pessoas ao seu redor. Neste Dia das Crianças (12) o objetivo é comemorar o dia deles. 

Para Pedro Coral, de 9 anos, é legal ser criança porque se pode fazer coisas que os adultos não fazem. E para a Bianca Tournier Ferreira, 8 anos, resume como é ser criança. “A gente pode brincar bastante e não precisamos trabalhar, mas dependemos dos pais. E também gosto de ir na casa dos meus amigos pra brincar”. 

Na infância é o momento de não ter limites de ideias, é perguntar e ser curioso. Então, os pequenos se sentem seguros para viver a espontaneidade e mostrar sua identidade para o mundo. “Para elas, o óbvio é mais acessível. Então, tudo bem reconhecer um erro, elogiar as pessoas, pedir auxílio, abrir-se para o que pede naturalmente as relações e as demandas da vida. No sentido expor suas “vulnerabilidades”, emoções e sentimentos”, exemplifica a psicóloga Taise Francisco. 

Para os papais, Taise dá dica para que não economizem afeto, carinho e atenção com as crianças. “Respeitem e acolham individualidade cada um, desliguem-se das comparações, respeitem o ritmo delas e ofereçam suporte para que elas cresçam seguras de si. Nós temos no amor um elixir capaz de curar todas as feridas desta vida”, afirma. 

História de superação

Para a mãe, Alessandra Fernandes, antes de ter a terceira filha, Maria, de 8 anos, sentia que precisava de algo para preencher em sua vida. “Meus pensamentos e atitudes eram totalmente diferentes, não tinha compromisso, não tinha horário. Eram minhas rotinas, minhas regras e nada mais. E o engraçado é que eu sentia falta de alguém, alguma coisa. Eu era feliz com minha vida e minha família, mas sentia falta de algo que não conseguia explicar”, relata.

Alessandra teve depressão, acabou perdendo os movimentos da perna e a voz, e teve que ser internada. Depois deste momento difícil, com a ajuda do marido e dos filhos conseguiu dar a volta por cima. Porém, novamente, algo faltava, mas não sabia explicar.

“Quando descobri a gravidez da Maria, foi um sentimento de alegria misturado com uma sensação de sonho realizado. Era ela que faltava, comecei a ter mais fé, mais coragem e vontade de viver”, relembra. Alessandra então, parou com os remédios antidepressivos e começou a se sentir a mãe mais feliz do mundo. 

Conta que seu mundo ficou mais colorido, alegre e divertido. “Minha casa e minha vida mudaram completamente, e com a chegada dela eu não sinto falta de mais nada, me sinto realizada, feliz. Ela me ensina todos os dias a ser uma pessoa melhor”.

Além de comemorar com a filha, também celebra seu aniversário. “Completar mais um ano de vida nos Dia das Crianças me deixa feliz, pois também é um dia especial dedicado à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil”, afirma.