A pandemia de Covid-19 trouxe dores e perdas que são difíceis de conviver. Por conta disso, algumas pessoas precisaram se reinventar em diversas áreas da sua vida. Esse foi o caso do corretor imobiliário Siriano Madalosso, residente da cidade Arroio do Sal (RS), que após o recente falecimento da esposa, tornou-se pai solo. Ele, que é pai de cinco filhos, está enfrentando a dificuldade de criá-los sozinho e precisou se reinventar e se adaptar a uma nova rotina.

Conforme Siriano, logo após o falecimento da esposa Jacimara Coloritti Madalosso, ele começou a ter uma nova visão de mundo. Um dos pontos foi valorizar ainda mais as mulheres que são mães e sua luta diária de conciliar tudo.

“A rotina é de transformação, aprendi a ser pai e mãe em menos de 45 dias. Foi tudo tão rápido e tão recente que nos pegou de surpresa. Estou aprendendo a viver de novo, com mais paciência, mais calma, porque tudo é novo para mim. Eu aprendi a dar mais valor às mulheres, por tudo que elas fazem”, contou.

Mesmo enfrentando dificuldades, o corretor de imóveis continua se mantendo positivo e sendo grato pela aproximação que teve com seus filhos e enteado. “Sou pai da Giorgia, Valentina, Estevão e João Miguel, com 15, seis, cinco e dois anos respectivamente. Sou pai emprestado do Arthur que é meu enteado. Ele tem 15 anos é um grande parceiro meu neste momento. Ser pai é uma benção, é uma dadiva, sou grato por ter me aproximado das crianças e tento ao máximo transmitir isso para eles”, relatou o pai solo. 

Na expectativa de dar a melhor criação para os filhos, Siriano tenta se manter próximo dando apoio emocional e um tempo de qualidade para as crianças. “Tento sempre dar a maior parte do meu tempo para eles. Conto histórias, levo para brincar na terra e areia, tento cria-los da forma mais saudável possível. Tento ensinar a se amar, oramos todos os dias, ensino eles a serem gratos, a falarem eu te amo uns aos outros”, observou. 

Ser pai solo é.. 

Com a visão de pai solo, o corretor de imóveis criou uma nova percepção do que é ser pai.

“Por conta do ocorrido eu percebi que ser pai não e só trazer dinheiro para a casa, isso não é o suficiente. Ser pai é dar amor, carinho, é chegar em casa e abraçar os filhos e a esposa, olhar no fundo dos olhos e saber o quanto eles te amam. Coisa que eu só fui perceber quando comecei a dar banho, alimenta-los, vesti-los. Aliás, cada momento desses sempre tem um olhar mútuo, onde não saem palavras, apenas um brilho que significa obrigado, gratidão. Nessa vida ser pai solo é muito mais do que possamos imaginar”, reconheceu. 

Amor e carinho acima de tudo

Apesar de tudo, passando por dificuldades, ele recebeu ajuda de alguns amigos que o auxiliam com as necessidades básicas, como alimentação, luz e uma parte do custo financeiro.

“Recebi ajuda de algumas pessoas, mas preciso dizer que sou muito grato aos meus amigos Adriano Scheffer Rodrigues e Luciana Raupp de Siqueira. Por uma questão de orgulho eu não quis pedir ajuda, porém eles se sensibilizaram com a minha história e movimentaram pessoas para me ajudar com doações de fraudas, brinquedos, alimentos entre outras coisas. Foram anjos enviados por Deus nesse momento que estou passando”, contou. 

Quem deseja saber mais sobre a família ou contribuir com doações pode entrar em contato pelo telefone (51) 997555076 ou enviar PIX para 51997555076.