A 73ª temporada da mais alta categoria de automobilismo começou. Em 2022, a Fórmula 1 contará com 23 corridas em 20 países. A competição conta com dez equipes com dois pilotos cada, disputando o campeonato mundial de construtores e o de pilotos. 

Nesta temporada, a Fórmula 1 está com um novo regulamento. Carros mudaram, pilotos trocaram de equipes, mas outros novos chegaram. Apaixonado pela competição, o jornalista Guilherme Hahn espera surpresas na temporada, especialmente com a Ferrari.

“Nós, fãs, esperarmos grandes momentos da F1. Essa é uma daquelas temporadas de virada de era, a mudança dos carros é o grande diferencial. Espero muita disputa. Após a quarta temporada, em Ímola, a evolução deve atingir uma curva menos íngreme e voltaremos a ver as figurinhas carimbadas nas primeiras posições”, ressalta. 

Os apaixonados pela velocidade se encontram neste domingo (27) no Grande Prêmio (GP) da Arábia Saudita. Nos treinos livres desta sexta, que liderou foi Charles Leclerc (Ferrari). Os treinos e disputas ocorrem em meio a tensão provocada pela explosão de uma refinaria de petróleo em Jedá.

Leonardo Evaristo, fã que acompanha a categoria desde criança, espera que essa temporada seja boa como a do ano anterior. “Eu quero que tenham mais pilotos disputando pelo campeonato que não tenha nenhuma equipe dominante e desejo que a FIA (órgão regulador da F1) não tenha um protagonismo tão grande como a temporada de 2021”, destaca Leonardo. 

Novo regulamento de 2022 

Os donos da F1, a Liberty Media, estavam descontentes com as temporadas. A empresa queria disputas mais acirradas nos campeonatos para ter um maior entretenimento para o público. Com essas mudanças os carros conseguiriam andar mais próximos uns dos outros sem ter turbulência, que era o que acontecia no ano anterior. E assim também dando chance para as esquipes intermediárias correrem mais próximas das grandes.  

“A principal mudança é nos chassis dos carros. Que deve, portanto, colocar fim no famoso ‘efeito solo’. Se vermos fotos com ângulos de cima dos carros de F1 dos últimos 4 anos, dá para ver na parte de trás uma peça preta, aquilo é o assoalho. Até o ano passado essa parte gerava um ar bastante ‘sujo’ para o piloto que vinha atrás o que dificultava a aproximação principalmente em curvas”, comenta Hahn.

Com as mudanças, em 2022 essa peça não existe. Os pneus Aro 18 também geraram mais peso nos carros. “Com o fim dessa extensão do assoalho os carros de trás conseguiram uma aproximação mais fácil. Assim, isso deve gerar mais ultrapassagens e permitir que mais disputas aconteçam”, completa o jornalista. 

Sprint Race 

Na Fórmula 1 a Sprint é uma corrida de classificação que acontece no sábado, com 100 km. O resultado define, assim, as posições de largada de domingo. Esse formato foi trazido para a F1 para atrair o público mais jovem.

“As equipes de F1 tem uma limitação de peças que podem usar nos carros, à medida que esses componentes vão se desgastando eles podem trocar, mas, quando chegam no limite e precisam fazem essa alteração, sofrem punições que podem interferir diretamente no campeonato. O que acontece é que com as Sprints, tem-se um desgaste maior dos carros ao longo do ano. É claro, o vencedor é recompensando com 3 pontos, mas corre o risco de bater ou danificar algum componente que entregue o resto do campeonato. Infelizmente ao que parece esse formato de corrida da audiência e se da audiência deve permanecer, o que é uma pena”, destaca Hahn.

Disputa dos mundiais na Fórmula 1

A temporada de 2021 contou, portanto, com uma grande rivalidade entre o heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, e o atual campeão mundial Max Vestappen, que só terminou na última corrida do ano com a vitória do piloto da Red Bull.

“A tendência é que quem está na frente, siga brigando. Assim, a Red Bull teve um ano mágico em 2021, e a grande dúvida é se vai conseguir manter um carro tão competitivo para 2022. O primeiro GP do Bahrain já se mostrou um desastre para os Touros Vermelhos, os dois carros nem terminaram. Mas a Mercedes vem com um certo sentimento de vingança. Apesar de ter conseguido o oitavo título de construtores que é um feito inédito, eles perderam o de pilotos”, reforça o jornalista.

Admirador e apaixonado por Fórmula 1, Leonardo declara para qual equipe e piloto está torcendo esse ano. “Desde que eu comecei a acompanhar a F1 eu torço para o Sebastian Vettel, mas esse ano não vai ser diferente. Mas também acho que chegou o ano de Charles Leclerc ganhar seu primeiro título”, afirma.

Texto: Érika Modolon.