Com uma corrida a mais que a temporada passada, este ano a Fórmula 1 contará com 23 etapas, a maior quantidade de corridas da história da categoria. Após a saída do grande prémio da França, o GP do Qatar retorna depois de sua ausência por conta da Copa do Mundo. A novidade é a estreia do GP de Las Vegas, nos Estados Unidos. A primeira corrida do ano acontecerá dia 05 de março no Bahrein, no continente Asiático.   

Por conta da estreia do mais novo grande prêmio, Interlagos será realizada como a 21° etapa, sendo assim não mais a penúltima corrida do ano. Tendo também seu horário de largada antecipado para as 14 horas. 

Acorridas Sprint permanecerão, possuindo o dobro da temporada passada. Ao todo serão seis etapas, realizadas em Interlagos, Áustria, Azerbaijão, Bélgica, Qatar e Estados Unidos. 

“Todo ano eu começo com a mesma expectativa, de um campeonato mais disputado que não seja como foi o último ano de domínio total do Verstappen, para ter mais emoção. Que as equipes menos competitivas consigam fazer uma graça e até roubar uns pódios das favoritas, essa é mais a minha torcida. Mas eu acho sinceramente que vai ser mais um ano fortíssimo da Red bull, eles acharam o carro e resta a Ferrari e a Mercedes tentarem se igualar”, relata o fã da categoria, João Lucas Nicolini. 

Implementado em 2021 o teto orçamentário continua, fazendo com que as equipes racionem os seus gastos ao longo da temporada.   

“Em tese o teto de gasto favorece a competitividade, limita que uma escuderia gaste todo o dinheiro que ela quiser. Não dá pra colocar uma Haas em um mesmo patamar de uma Red bull, Mercedes ou Ferrari. Acho que o teto equilibra um pouco o campeonato e acharia muito legal se todo mundo tivesse o mesmo motor se todos corressem em condições iguais, aí a gente veria quem realmente é o melhor piloto e ganharia a equipe com a melhor estratégia”, comenta Nicolini. 

Dança das cadeiras 

Antes mesmo da temporada começar muitas mudanças aconteceram, trocas tanto de pilotos como nos chefes. São 20 pilotos e 10 equipes que competem pelo campeonato e a busca pelo título traz a necessidade de as escuderias procurarem novos reforços. 

O francês, Pierre Gasly, que entrou para academia da RedBull em 2014 e permaneceu durante oitos anos, saiu de sua equipe e foi para a Alpine no lugar de Fernado Alonso, que por sua vez foi para Aston Martin, já que possuía um lugar vago por conta da aposentadoria de Sebastian Vettel. 

Nicholas Latifi ficou sem vaga e quem pegou seu assento foi o estreante na categoria, Logan Sargeant na equipe Williams. O jovem talento que já estava pedido passagem para a F1, Oscar Piastri, finalmente conseguiu um lugar, na McLaren na posição de Daniel Ricciardo que passou a ser o piloto reserva da Red bull. 

Nyck de Vries ficou no assento vago deixado por Gasly na AlphaTauri e Nico hulkenberg tomou o lugar do jovem alemão, Mick Schumacher, que se tornou reserva da Mercedes. 

Ser chefe é um dos mais altos cargos da categoria, com a obrigação de comandar toda a sua equipe para que conquiste o campeonato, e é sobre eles que cai toda a responsabilidade quando a sua escuderia não vai bem. 

Com isso a dança das cadeiras não ficou apenas nos pilotos também aconteceu com os chefes. Com muita pressão dos fãs da Ferrari por não entregar resultados, Mattia Binotto, foi retirado de seu posto e em seu lugar entrou, Frédéric Vasseur, que saiu da Alfa Romeu, que por fim contratou Alessandro Alunni Bravi. 

Com os frequentes resultados frustrantes a McLaren também resolveu trocar seu chefe, Andreas Seidl se despede da F1 e passa seu lugar para Andrea Stella. A Williams na tentativa de resultados melhores trocou Jost Capito pelo britânico James Vowles. 

Brasil de volta à F1

Felipe Drugovich, o jovem talento do Brasil de 22 anos entrou como reserva da Aston Martin na F1, após ser campeão da F2 no ano passado. Mas, nem os fãs esperavam que tão rapidamente pudesse correr pela categoria. Por conta de um acidente que Lance Stroll sofreu o piloto brasileiro teve que o substituir nos testes da pré-temporada. A equipe anunciou que se o piloto canadense não se recuperar a tempo, Drugovich, irá suceder seu assento na primeira corrida da temporada.  

“Espero que ele tenha alguma chance de correr, que os brasileiros tenham uma chance de entrar no grid e fazer umas corridas. O Drugovich é um ótimo piloto, se tiver um carro bom pode fazer umas corridas interessantes”, enfatiza Nicolini.