Em 48 páginas os acadêmicos da 4ª fase de Jornalismo da UniSatc trazem mais que números sobre quem vive o dia a dia da incerteza alimentar. Trazem histórias. A revista eletrônica produzida neste semestre tem como tema central a fome. E, com ela, os dados brasileiros e locais de quem vive na linha da pobreza ou até abaixo dela.
A primeira reportagem que abre a revista foi produzida pelo acadêmico Samuel Borges. “A fome em números: um olhar do macro para o micro” traz informações sobre a realidade brasileira e também local.
“Para escrever a matéria eu entrei em contato com a Assistência Social aqui da cidade. A equipe me apresentou alguns dos dados que usei no texto e também o CadÚnico. Depois, em casa fui consultando os dados na ferramenta, que tem um painel interativo e bem fácil de usar. Mas, por morarmos aqui e sempre ouvirmos que Santa Catarina é um dos estados com maior IDH a gente não imagina que tem tanta gente vivendo abaixo da linha da pobreza e da extrema pobreza, como aponta o CadÚnico”, ressaltou Samuel.
Portanto, os dados que Samuel comenta dão conta que há 6.046 famílias em Criciúma que hoje têm renda inferior à linha da pobreza. Ou seja, possuem uma renda per capita de até R$ 210,00.
A revista especial sobre a fome foi um projeto integrador realizado nas disciplinas de Laboratório de Vivência II, com orientação da professora Karina Farias, a Kaki, e Editoração Eletrônica, com a professora Manoela Zabotti. “Foi uma proposta interdisciplinar com dois objetivos bem claros, ser prática enquanto editoração eletrônica, mas também com intuito de discutir pautas de impacto social, como a fome. Ficou um trabalho incrível dos nossos alunos que cursaram Laboratório de Vivência em Jornalismo”, destacou Kaki.
Histórias que surpreendem no combate à fome
As colegas Giovana Bordignon e Edna Schmitz moram em Forquilhinha e já conheciam a história da médica que transformou a realidade de milhares de famílias no Brasil e no mundo. Zilda Arns, a fundadora da Pastoral da Criança, sua multimistura e todos os ensinamentos ganharam o mundo.
“Nós crescemos ouvindo a história da doutora Zilda, pelo exemplo de mulher que ela é. Assim, poder contar a história dela em uma matéria foi muito bom. Aprendemos muita coisa que não sabíamos da própria pastoral”, afirmou Giovana.
Além de trazer a história da criação da Pastoral da Criança, Giovana e Edna apresentam dados sobre a relevância do programa. Hoje, portanto, ele acompanha mais de 360 mil crianças e 18 mil gestantes apenas no Brasil. “Também conversamos com uma missionária que atua fora, em outros países, combatendo a fome. Foi maravilhoso conhecer a história dela”, destacou Giovana.