O Dia dos Namorados serve para celebrar o amor entre os casais. Mais que uma data comercial, o momento fortalece as histórias, passagens de vida, lutas e conquistas. Independente de estar juntos há um mês ou décadas, a data traz uma homenagem ao amor e ao carinho.  

Há 58 anos juntos, o amor entre eles nunca deixou de existir. José Argilio Teixeira e Derci Florêncio Teixeira se conheceram ainda na juventude. Seu José veio morar em Siderópolis em 1959, e logo conheceu a moça com quem passaria o resto de sua vida. “Ele veio morar atrás da casa da minha mãe. Foi amor à primeira vista”, comenta dona Derci. 

Com encontros reservados, só nos finais de semana aproveitavam os momentos juntos. Iam ao cinema sempre que podiam. “Foi indo, foi indo, até que deu certo”, afirma José. Os seis meses de namoro resultaram no casório em 4 de julho de 1964. Mesmo tendo muitos anos juntos, a chama do amor nunca se apaga. “A gente se atura, pra 58 anos de casado, existe o amor eterno”, enfatiza Derci.  

Hoje o casal tem três filhos, quatro netos e uma bisneta. Para eles a maior felicidade é a união da família. “É um dom de Deus. É difícil um deles não vir nos visitar todo dia”, frisa o aposentado. Chegada à idade mais avançada, o cuidado um com o outro é redobrado. Depois das quatros operações do José Teixeira, sua esposa tem sido sua enfermeira. “Minha sorte é ter ela e meus filhos comigo”, relembra seu José. 

Com o espírito aventureiro, o casal partiu para um cruzeiro com toda a família em 2018. O ponto de chegada era Salvador/BA. Aproveitaram uma semana do calor e da cultura nordestina. “Foi uma segunda lua de mel, foi muito bom”, relata Dona Derci.  

Para os apaixonados que estão começando agora, o casal Teixeira deixa um recado: “Ter paciência um com o outro, muito amor, carinho e Deus no coração”. 

Dona Derci e seu José, amor que ultrapassa cinco décadas. Foto: Maju Berto

Amor e respeito são a base do relacionamento

A história de Rosana da Rosa Ferreira e Priscila Flor Pedro demorou para acontecer. Foram dois anos para entrar em um relacionamento sério. Mas, foi em outubro de 2020 que a Rosana decidiu aceitar o pedido de namoro. “Isso aconteceu após eu perceber que estava perdendo ela”, ressalta.  

Em dezembro do mesmo ano, resolveu pedir Priscila em casamento. Atualmente, o casal completa um ano e oito meses de muito amor e companheirismo. “Sonhamos muito com nosso dia do sim”, comentou.  

Rosana conta que a base para manter um bom relacionamento é o respeito. “Hoje eu e a Priscila nos fortalecemos com base no respeito, pois acreditamos que uma relação, para ser duradoura, tem que ter não somente amor, mas o respeito”.

Rosana e Priscila se preparam para dizer o “sim”. Foto: Priscila Trombin.

 O desafio a dois supera tudo

Já para outros, a história de amor é a resiliência. Para Adriano Ghellere, seu amor por Patrícia Cesconetto foi por acaso. Se conheceram na balada no final de agosto de 2012 e, por coincidência, dois dias depois era o aniversário de sua futura esposa. Adriano conta que não estava pensando em namorar, mas quando a avistou, tudo mudou. “Não estava interessado em conhecer ninguém, foi um acaso. Mas ela chamou a atenção em meio a tantas pessoas. Foi o charme”, relata. 

O casal está completando 10 anos de relacionamento. Um choque veio em 2016, quando Patrícia foi diagnosticada com câncer de mama. “De imediato, reunimos forças para atravessar esse desafio e conseguimos, depois de dois anos de luta”, comenta ele. 

Depois do diagnóstico médico, a família busca aproveitar a vida de maneira completa. “Passamos pelo teste de fogo e, junto disso, procuramos curtir a vida da melhor forma”, ressalta Adriano.  

E para a construção de um relacionamento contínuo, o segredo para eles é a resiliência. “O relacionamento se compara a uma empresa: você encontra um ‘sócio’ para uma nova vida! Se você não cuidar, investir, inovar, a empresa quebra. Por isso, ter sabedoria para suportar as adversidades e a capacidade de se adaptar em situações difíceis é o segredo”, enfatiza Adriano.

E para completar a alegria, o milagre veio. Gabriel, o filho recém-nascido, renovou as esperanças da família. Ele é o irmãozinho do Prince, filho do primeiro relacionamento de Adriano. Para o pai dos dois a chegada de um bebê é a ‘cereja do bolo’ de tudo o que já passaram. “Quando descobrimos o câncer, a chance de a Patrícia engravidar era remota. Mas, nosso filho Gabriel veio naturalmente. Apesar de todos os desafios, temos a certeza de que a vida se refaz a todo instante”, afirma Adriano.

Prince, Adriano, Patrícia e Gabriel, ainda na barriga da mamãe. Foto: Arquivo pessoal