Depois de três anos sem a Feira de Ciências e Tecnologia (Fecitec) experimentos, mostras e inovação voltaram com tudo. A Fecitec do Colégio Satc expôs 28 trabalhos. Durante esta quinta-feira (6), alunos do Colegião e do Lapagesse, além dos pais dos estudantes, puderam passar pelos estandes e ver de perto o que foi feito.

A Feira envolveu as turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com amostras, e do 6º ano do ensino fundamental até a 4ª fase dos cursos técnicos, com experiências e inovações. “Os alunos desenvolveram os projetos de maneira voluntária, pois eles querem ir além da sala de aula. Oportunizar este espaço para mostrar os projetos é incentivar a criatividade, o direito de pesquisa e a relação entre teoria e prática”, ressaltou a coordenadora do ensino médio e técnico, Adriana Silveira Just Schmidt.

A proposta do evento foi apresentada em agosto, e os alunos tiveram pouco mais de dois meses para pensar e concluir os projetos. “É escolhido um vencedor do ensino fundamental e do ensino médio em três categorias: mostra, experiência e inovação, de cada nível de ensino. O vencedor vai ganhar uma viagem para o Beto Carrero World. E para os outros serão entregues certificados para futuramente colocar no currículo”, explicou a coordenadora. 

Além dos trabalhos voluntários, a feira contou com a participação de projetos do novo ensino médio das disciplinas de Tecnologias Aplicadas, Logística matemática e o Universo da física. Os trabalhos apresentados, foram kits de sobrevivência, kits escolares, plástico biodegradável.

Projetos trazem a sustentabilidade

O grupo do Kelvin Mendes Amaral Lima, do 8º ano B, desenvolveu um lançador de teias sintéticas com materiais reciclados. “Nossa ideia veio de um canal de vídeos de ciências que produz teias. Então queríamos muito fazer este experimento. Para a base usamos materiais reciclados, que você pode achar dentro da sua casa ou até mesmo no lixo, que foi o meu caso que achei o papelão. A parte química do projeto, em que sai o fluido da parte líquida para a sólida, ocorre quando a pulverização e as partículas se misturam com o oxigênio e se solidificam no ar, formando a teia”, explicou o aluno.

Para as grandes experiências, a turma do Filipe de Moraes Caetano, do 6º ano A, produziu uma lâmpada de lava. “Ela funciona como uma luz, comparada a um LED. Na sua composição tem, óleo, tinta de marca texto, corante, água, e efervescente de vitamina C. No processo de reação a densidade do óleo faz com que a água suba e faça bolhas de água, iluminado um ambiente escuro. Ficando acesso por dois minutos e para reacender é só aplicar um efervescente de cada vez”, ponderou o estudante. 

Já a 2ª fase do curso técnico em química, fabricou cotonetes biodegradáveis. “Queríamos fazer algo voltado para a vida marinha e meio ambiente, então reformulamos a fórmula de ex-alunos. E este nosso projeto, tem o intuito de diminuir a poluição causado no oceano”, comentou o aluno Arthur da Silva Cardoso.

Conforme ele, foi usado como base um cotonete e um polímero, que se degrada facilmente com água, amido de milho e gelatina. “A base é natural, orgânica e biodegradável, então demora a se decompor em 12 horas em ambiente molhado ou úmido e 40 dias em ambiente seco”, enfatizou Arthur.