O hábito de ler traz muitos benefícios para aqueles que não abrem mão da leitura. Porém, são variadas as formas de usufruir de um livro. A questão da mobilidade fácil e leitura simples, é o que dá fama para o e-book junto com todos os aplicativos de leitura online.

 A bibliotecária Vânia Medeiros Ribeiro analisa essas ferramentas como meio positivo. “Poder ler seus livros quando e onde quiser, apenas salvando o arquivo no drive e realizando seu download, e não precisando carregar uma quantidade de livros na mochila, é um método bem mais eficiente”, ressalta.

Entretanto, mesmo com tantas formas práticas na hora da leitura em si, algumas desvantagens estão presentes em quem prioriza o kindle ou qualquer plataforma de leitura digital. “Adquirir de forma autônoma os seus próprio e-books realizando assinaturas para ter acesso às leituras faz a questão do custo interferir na escolha de determinados livros”, explica Vânia.

Deixando as folhas de lado

Ter amor ao livro é comum e está presente na vida dos que amam ler e folhear as páginas físicas. Mas, para essas pessoas ler através de uma tela de celular é um pouco menos atraente. Como leitora, a jornalista Carolina Paris Miranda faz sua escolha nesses critérios.

“Eletrônicos só quando é mais barato, se for o mesmo preço ou semelhante ainda prefiro a sensação do livro físico. Normalmente eu uso o kindle no trabalho, porque é mais fácil de levar. Mas, em casa normalmente leio no físico. Adoro ficar horas na frente da minha minibiblioteca escolhendo um título. Um nunca anulou o outro”, realça.

Já para a estudante Amanda Geremias, no começo sempre existe uma certa resistência de abandonar um meio físico para ler em forma digital. “Mas, o kindle traz uma leitura bem fluida e depois de 5 páginas já estava tudo certo para mim”, pontua.

Procura pelo impresso com as plataformas digitais

 As plataformas de livros digitais são amplas e a procura por livros físicos ainda ocorre bastante. É nos meios acadêmicos que ela é bem constante, mesmo com todos os PDFs e arquivos deixados para domínio público. A porcentagem de universitários que preferem os livros físicos aos digitais é de 92%, segundo a American University, nos Estados Unidos.

“É tudo uma questão de preferência de pessoa para pessoa. Claro que as plataformas facilitam a leitura, mas ainda o que conta muito é a preferência que cada um que vai ter ao ler o livro escolhido”, aponta a bibliotecária Vânia.

Os métodos de estudo com o material em mão fazem a procura ser frequente, já que é mais prático estudar com um arquivo físico. “Voltado para uma leitura acadêmica eu prefiro uma leitura física, porque consigo grifar as coisas mais importantes e essências. A mobilidade de estudo no livro físico é muito maior do que em um livro digital”, completa.

Qual opção escolher?

Para os leitores, o livro impresso tem seu determinado charme e apego nas pessoas por suas edições, capas e pela materialidade do livro em si. “Tudo são escolhas do leitor e, não é nem questão de ter que deixar um meio de lado para ler só o outro, são de climas e momentos. Faz três meses que deixei o e-book de lado para ficar somente lendo os livros físicos, e não estou pensando em abandonar nenhum e nem outro. É só a preferência que sentimos no momento”, aponta a leitora Amanda Geremias.