Em todo território nacional hoje, 22 de agosto, é comemorado o Dia do Folclore. As tradições e manifestações culturais populares são muito ricas e diversas em todo o país por conta da colonização e das ondas migratórias. A celebração acontece anualmente no dia 22 de agosto. A data foi criada para que as pessoas valorizem e se lembrem dos costumes, cultura, origem e o legado do povo que é passado de geração para geração.  

A preservação da cultura popular é de grande importância, principalmente, nos tempos atuais. Não deve ser lembrado apenas deste dia, mas sim, o ano todo. Pois, as pessoas vivem o folclore, em suas músicas, cantigas, comidas, nos trajes típicos, na organização de uma festa religiosa ou da colheita. 

A professora de artes Sinara Cardoso, relata que é fundamental o folclore ser passado para as novas gerações para que essa cultura não se perca. “O folclore vai se mantendo ainda pois ele é passado de geração pra geração. Só que devido as tecnologias as brincadeiras vão se tornando menos visíveis. As crianças estão sendo entretidas com as coisas novas. Não acredito que essa cultura esteja se perdendo, mas é que nós estamos dando um espaço um pouco maior para o novo. Por isso é muito importante que as famílias mantenham e resgatem a cultura, porque só quem viveu e já teve essa experiência é que pode contar para quem está chegando”, destaca. 

Ao contrário da visão da professora de artes, o produtor cultural Maxwell Sandeer, acredita que o hibridismo cultural está cada vez mais evidente. 

“Cada grupo fará sua defesa na resistência e acredito que sem políticas públicas voltadas para a cultura, a tendência é minimizar aos poucos a continuidade de atuação dos grupos folclóricos de nossa região. Sem a sensibilidade humana para educação estética, e sem o incentivo ao pequeno fazedor de cultura. O risco de apagamento de nossos patrimônios culturais imateriais é reais”, ressalta Sandeer. 

Folclore Catarinense 

Sinara comenta que o folclore é muito diversificado devido aos vários povos que vieram para região e com eles eram trazidas muitas histórias. “Como é passado de geração os contos vão se modificando, por isso alguns personagens têm o mesmo nome em todo o Brasil, mas possuem histórias diferentes. Porém, as de Santa Catarina são diferentes, aqui tem muito a dança do boi de mamão, a cultura das danças folclóricas e as etnias. Algumas histórias que são muito conhecidas na nossa região é a do Negrinho do Pastoreiro e as bruxas que são muito conhecidas nas praias com em Imaruí, Florianópolis e Laguna”, conta a professora. 

Um dos folclores da região de Criciúma é a Festas das Etnias, que iniciou em 1982. “Com a identidade 1° Encontro das Associações Étnicas de Tradição e Cultura de Criciúma, se iniciou a Festa da Etnias. Mas para frente sob liderança da Secretária de Cultura, em 1989, foi organizada e realizada a 1ª Edição da Quermesse de Tradição e Cultura, acontecendo na Praça Nereu Ramos. A nova denominação, Festa das Etnias, foi adotada no ano de 2000. A partir de 2006 até 2019, o espaço ocupado para realização da Festa das Etnias foi o Pavilhão José Ijair Conti”, explica o produtor cultural. 

Sandeer reforça o estímulo às culturas populares. “O folclore e a cultura popular não se trata apenas de festas. Precisamos assegurar políticas públicas permanentes para incentivar o artesanato, o Boi de Mamão, a capoeira, danças folclóricas e a cultura popular atual, como Hip Hop”, completa Sandeer. 

Fotos: Sinara Cardoso