Com mais de 110 mil doses de vacina contra a Covid-19 aplicadas, sendo que quase 30 mil pessoas já com a segunda dose, os cuidados ainda seguem em alta em Criciúma. No dia 8 de julho, a cidade chegou à marca de 600 mortos em decorrência do novo coronavírus. Em um mês e seis dias, os dados subiram de 500 para 600 óbitos.
As perdas reforçam o quanto a doença pode ser agressiva. Quem escapa, tem o sentimento de vitória. Foi isso que sentiu a família da aposentada Maria Madalena Barros. Mesmo com cuidados e isolamento, o vírus chegou à família.
“A contaminação aconteceu quando entramos em contato com um familiar que estava assintomático e não nos avisou. Os cuidados por aqui sempre foram rigorosos, sair apenas em casos de urgência, visitas apenas de pessoas da família mesmo, uso de máscara sempre”, contou a filha Maria Vitória.
Dona Madalena ficou 11 dias internada no hospital após contrair a Covid-19. Para ela, foi muito difícil ver pessoas morrendo por uma doença que já tem vacina. “Me senti uma vencedora, foi uma superação muito grande, é uma felicidade tremenda poder dizer que fiquei 11 dias internada e que venci a Covid-19, mas ao mesmo tempo me sinto muito mal. Eu tive duas colegas de quarto que eu vi falecer durante meu período de internação. É muito difícil ver pessoas morrerem por uma doença que já tem vacina. Ver pessoas negando aquilo que poderia ter salvado a vida dela”, afirmou a aposentada.
A família observa que, mesmo depois de um ano falando sobre o assunto, o vírus ainda é subestimado por muitos. “Eu tive a experiência de perceber que a vida é um sopro e que ainda depois de um ano de pandemia o vírus da Covid-19 ainda é negligenciado, ignorado e subestimado por muitos. Mesmo mostrando diariamente os dados, só é possível ver e entender a gravidade estando dentro de um hospital, quando vemos pessoas jovens morrendo, quando vemos famílias desesperadas”, relatou Maria Vitória.
Já em casa e recebendo os cuidados dos familiares, dona Madalena reforça o pedido para que todos sigam com prevenção. “Peço e aconselho a todos que não relaxem nos cuidados, usem máscara. Se possível evitem aglomeração e, principalmente, tomem a vacina!! O vírus não está para brincadeira. A vacina pode salvar vidas!”, aconselhou Maria Madalena.
