A música não sai dos ouvidos das pessoas. Pode ser das mais tristes às mais alegres, no entanto está presente, em todos os âmbitos. Principalmente, atuando na saúde mental e corporal, que além de trazer um momento de relaxamento, a música tem um papel fundamental para tratamentos terapêuticos.  

Para o musicoterapeuta, Felipe Speck Mazzucco, a terapia alternativa tem o objetivo de aplicar a música em um processo de comunicação, aprendizagem e socialização. “Temos técnicas que envolvem a audição, a recriação de sons, a composição e o ato de tocar um instrumento para alcançar um objetivo terapêutico”, relata Mazzucco. 

A música age nas emoções e sensações, como também, nas atividades diárias proporcionando uma estrutura de início, meio e fim. Logo, fica mais fácil organizar e lembrar das atividades conduzidas simultaneamente. Para a estudante, Letícia Cardoso, a música está presente em todos os seus dias. “Escuto pra limpar a casa e quando estou escrevendo ou quando leio, cada livro tem uma playlist específica”, relembra Letícia. 

Além de ajudar nas ações do dia a dia a musicoterapia, também, proporciona um momento de concentração nos estudos. As paródias realizadas para memorizar a matéria de química ou cantarolar a tabuada. Quando atrelado com a música o cérebro aprende melhor e mais rápido. Como é o caso da Letícia, que não só traz inspiração, mas estimula sua criatividade. “Eu até já pensei em escrever um livro de uma música”, frisa a estudante. 

A musicoterapia tem efeito benéfico na ansiedade, depressão, dor e fadiga. “Quando a pessoa está triste, ela tende a procurar músicas que combinam com aquela situação ao qual ela se encontra, possibilitando um alívio, muitas vezes, imediato. É como se a música realmente estivesse falando tudo aquilo que não conseguiria expressar”, complementa o profissional. 

Como é o caso de Letícia, pois para ela, a música é uma mistura de emoções. “Quando estou triste escuto uma música da minha banda favorita e já começo a sorrir, acho que minha vida fica chata sem música”, ressalta. 

Quando escutada a música, ela é processada em diferentes áreas do nosso cérebro. “Ao chegarem aos ouvidos, os sons são convertidos em impulsos que percorrem os nervos auditivos até o tálamo, região do cérebro considerada central para as emoções, sensações e sentimentos. Os impulsos cerebrais provocados pela música afetam todo o corpo e podem ser detectados por técnicas de escaneamento cerebral ou neuroimagem”, explica o musicoterapeuta. 

Confira quatro benefícios da música, conforme o especialista: 

  1. Facilita a compreensão dos sentimentos; 
  2. Ajuda a estabilizar as mudanças de humor e emoções; 
  3. Pratica as habilidades de resoluções de conflitos; 
  4. Melhora as habilidades de socialização e interação. 

Para estar auxiliando nos objetivos de cada indivíduo ou grupo, há a importância de um acompanhamento de um musicoterapeuta.