A acessibilidade em ambientes coletivos pode passar despercebida no dia a dia das pessoas, visto que, ainda é uma temática pouco explorada. Oportunizar diferentes formas de comunicação não verbal também precisam de maior atenção, principalmente, para deficientes visuais, auditivos e intelectuais. A partir desses pontos chaves, as turmas do 5º ano do Colégio Satc iniciaram um projeto interdisciplinar sobre acessibilidade a partir do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis. Durante as aulas, os estudantes estão aprendendo sobre formas arquitetônicas e de diálogos mais acessíveis, para buscarem soluções inovadoras e que contribuam para a disseminação da temática.

O estudo desenvolvido com as turmas é baseado no acesso das pessoas com relação a mobilidade, habitação e serviços básicos, que em muitos casos são realidade distante para diversos grupos. “Iniciamos o contato com a temática a partir de conhecimento teórico e prático sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), alfabeto em braile, focando na acessibilidade das pessoas com diferentes deficiências. Por isso, os alunos precisaram observar em seus bairros como a mobilidade é tratada para verem a dificuldade que as pessoas podem passar”, explica a professora do 5º ano B, Danielli Lapolli.

Durante o projeto, os alunos participaram de um bate-papo com a Coordenadora do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade da Satc (Nina), Kelli Savi, sobre as ações que a instituição realiza com relação as realidades dos estudantes. “Cada vez mais a acessibilidade estará presente no dia a dia dessas crianças e isso vai criando essa cultura desde cedo, porque as gerações mais velhas não tinham essa educação para a acessibilidade. Em muitos momentos as pessoas passam por rampas, veem uma sinalização e não sabem para que serve e com isso, mostramos aos alunos a real necessidade de cada ação”, destaca Kelli.

A interação com diferentes realidades faz parte da aprendizagem, do contato interpessoal e de uma educação inclusiva. “Mas do que pensar em soluções, tratamos com as turmas sobre o respeito, empatia, resiliência, oferecer ajuda e qual atitude devem tomar quando alguém com alguma deficiência precise de auxílio”, enfatiza a professora.

O Nina tem papel fundamental na disseminação da temática na instituição. “Desde 2017 iniciamos essa crescente e seguiremos fazendo as mudanças, pois cada pessoa tem a sua necessidade.  E por isso, queremos que os estudantes entendam o contexto da realidade que vivemos, onde estamos inseridos e para estarmos mais atentos às igualdades em todos os ambientes”, finaliza a coordenadora.