Com a compra de carros 100% elétricos para a frota da Prefeitura de Criciúma, os olhos da população se voltaram para a nova tecnologia. Os veículos, ainda desconhecidos por muitos, geram dúvidas sobre seu funcionamento, valores e estimativas para o futuro.

“Apesar de estarmos entrando nessa era elétrica só agora aqui no Brasil, isso já é uma tendência mundial. Muitos países possuem uma estrutura completa para receber essa tecnologia, e nós estamos percebendo uma ótima aceitação entre os brasileiros também. Essa compra da Prefeitura vem para agregar a cidade, permitindo que a região se modernize e dando mais segurança para aqueles que possuem interesse em adquirir esses carros”, explica o gerente comercial da GWM de Criciúma, Teodoro Furtado Borges Júnior.

Para aqueles que desejam investir nos veículos elétricos, os valores variam de acordo com o modelo e a marca, mas podem ser encontrados a partir dos R$ 100.000. Conforme Júnior, atualmente, os modelos compactos são pensados para o uso urbano, não sendo recomendados o uso para longas viagens. 

“Como essa tecnologia tem ganhado força no país há pouco tempo, os postos de recargas em rodovias não são tão comuns. Então, o uso na cidade é recomendado porque você tem de 300 a 400 km de autonomia, sabendo que vai poder voltar para a casa tranquilamente ou parar em um lugar conhecido e garantido para recarregar. Aqui em Criciúma nós temos esses pontos em alguns postos de combustível e até mesmo em shopping, o que facilita bastante para os moradores”, ressalta o gerente comercial. 

Carros elétricos vs carros a combustão

Segundo o engenheiro mecânico e coordenador do Núcleo Inowattis de Mobilidade Elétrica da Satc, Adelor Felipe da Costa, o crescimento dos veículos elétricos no mundo vem para trazer mudanças no setor automotivo, gerando reflexo até mesmo dentro da própria tecnologia dos motores de condução interna.

“Por conta do mercado competitivo, as marcas estão se aprimorando e realizando mudanças na construção de motores e baterias mais eficientes, por exemplo. Nos últimos 10 anos a gente teve uma evolução bastante ampla das motorizações que são utilizadas, porque agora falamos mais da parte de emissão de poluentes, de eficiência e de custo para rodar. Então, toda essa mudança trazida pela chegada dos veículos elétricos é vista com bons olhos, porque, mesmo que não vire uma tendência entre os consumidores brasileiros, acaba instigando a tecnologia”, comenta Costa.