Segundo o Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial (CSSPPO), de Santa Catarina, de primeiro de janeiro até 18/05 de 2022, foram registrados 675 crimes de assédio sexual, no estado. Este ato, caracterizado por todo tipo de comportamento de caráter sexual, não solicitado pela vítima, tem o objetivo de lhe constranger ou lhe criar um ambiente hostil.  

Conforme a psicóloga Camila Goularte, o assédio sexual gera traumas que influenciam diretamente na insegurança, na autoestima e no medo de se relacionar. “Muitas vezes acabam se afastando de amigos e família”, comenta a profissional. 

O assédio sexual passou a ser considerado crime no Brasil em 2001, com pena variando de um a dois anos, conforme a lei numero 10.224. O assédio ocorre de forma inesperada, como foi o caso da Julia Felicio. Estava na rua e um senhor de idade a assediou. “Ainda que estava de camisa, calça e um casaco. Na hora eu gelei, não consegui reagir”, relembra Julia. 

Auxílio e ombro amigo nessas horas 

Em certas situações, a pessoa pensa que não está sofrendo abuso sexual, porém, pode estar em uma dependência emocional. Segundo a psicóloga, auxiliar a criar uma rede de segurança, é o melhor caminho. “Desenvolver sua autoestima, segurança pessoal e inteligência emocional, para que consiga enfrentar o problema, fortalecendo a si mesma”, frisa Camila.

Além de olhar para seu interior e criar forças, ter alguém do lado para ajudar, é o remédio certo. “Muitas vezes não precisamos ser íntimos da pessoa para ajudar, mas ter um ombro amigo é a solução”, pondera a especialista.