Falar sobre as emoções é essencial para o bem-estar da saúde mental. Desmistificar questões que envolvem transtornos como depressão, ansiedade e bipolaridade, é fundamental para entender a seriedade do assunto. Essa é a proposta do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio. 

Sendo criada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a campanha teve início no Brasil apenas em 2015. Mas, em 2003, a Organização Mundial de Saúde (OMS) já adotava a data, 10 de setembro, como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, convidando a sociedade a refletir sobre o tema.  

Segundo dados da OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por ano devido ao suicídio, representando uma a cada 100 mortes registradas. Ainda de acordo com a Organização Intergovernamental, as taxas mundiais de suicídio estão diminuindo, mas, na região das Américas, os números vêm crescendo. Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio aparece como a quarta causa de morte mais recorrente, atrás de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. 

“Dar importância aos sentimentos é algo que devemos fazer sempre, não apenas no Setembro Amarelo. Quando as pessoas estão nesse sofrimento, elas não se veem, é como se fossem invisíveis, suas dores emocionais não têm voz. Em um certo momento, essa dor passa a ser física, a única diferença é que não existe um exame que detecte ou uma pílula que tire essa angústia”, afirma a psicóloga, Márcia Fedalto.

Conforme a profissional, a primeira reação ao ver uma pessoa chorar é pedir para que pare e que seja forte. “Nós aprendemos desde pequenos que as lágrimas são sinal de fraqueza, mas isso não é verdade. O choro é fisiológico, é a explosão e o derramamento do excesso de emoção do momento, é normal chorar de dor, de raiva, de felicidade, de amor. Descarregar essa energia é necessário, e nós precisamos dar voz a esses sentimentos e precisamos, também, aprender a ouvir, para que o outro se sinta valorizado e acolhido”, destaca. 

Se precisar, peça ajuda!

Se estiver passando por um momento delicado, não tenha medo, nem vergonha, e peça ajuda! 

CVV: 188 

CAPS II: (48) 3445-8736 

CAPS III: (48) 3403-3450 

CAPS AD: (48) 3445-8488 

CAPS ij: (48) 3403-7350 

Outras formas de ajuda são: 

Serviços de saúde: Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e Hospitais; 

Serviços de emergência: SAMU (192), Corpo de Bombeiros (193) e Polícia Militar (190).