O Brasil completa o bicentenário da independência neste dia 7 de setembro. Em comemoração a data, desfiles ocorrerão na região da Amrec durante o decorrer do feriado. Criciúma terá desfile Cívico-Militar aos arredores do Parque das Nações Cincinato Naspolini, a partir das 8h nesta quarta-feira (7). A Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT) controlará o fluxo de veículos que transitaram na parte da avenida centenário, que será fechada no sentido Centro/Próspera. 

De acordo com o gerente de operações da DTT, Paulo Borges, o trânsito será interrompido no sentido Próspera/São Cristovão para estacionamento dos ônibus das escolas e entidades que participarão do desfile, evitando conflitos. “Esses locais serão fechados estrategicamente para a segurança e tranquilidade de todos, tanto para quem desfilará, quanto para quem vai assistir ao desfile”, afirmou. 

Na cidade de Siderópolis, haverá uma cerimônia oficial que iniciará às 8h30 e, na sequência, o desfile. Serão 15 escolas do município, do estado e particular com mais de 30 grupos de entidades e órgãos. Em Içara, iniciará às 9h na rua Altamiro Guimarães até a Praça da Matriz São Donato. 

Para Nova Veneza, o ato será em frente à Escola de Educação Básica Abílio Borges, localizada na rua Alfredo Pessi que terá início às 8h30 e terá a participação de um pelotão de soldados do 28º GAC. Já em Balneário Rincão o desfile acontecerá na avenida Leoberto Leal a partir das 14h.  

O desfile cívico é a atração dos brasileiros e segundo o historiador, Mauricio Ghedin Corrêa, é importante que estes momentos aconteçam na sociedade. “É na semana da pátria que as crianças e os jovens têm que ter contato com os símbolos nacionais, com a bandeira do Brasil, com hino e com a história do país, pois são momentos fantásticos que ficam marcado em nossa memória”, comentou.

Como o Brasil se tornou independente? 

A data marca os 200 anos da separação de Brasil com Portugal. No início da história, durante 322 anos o Brasil foi uma colônia de Portugal e até romper ligações em 1822. Segundo o historiador, o grande motor para o ato de independência foi a exploração de impostos que a corte portuguesa tinha sobre os brasileiros.

“A vinda da família real em 1808, está no centro desta questão. Pois a presença da corte portuguesa no Brasil causa muita insatisfação nos brasileiros pelo aumento de impostos, para eles criarem máquina pública e pela tomada de residências no Rio de Janeiro. Com o trato de aliança, amizade, comércio e navegação em 1810, os portugueses tiraram todos os impostos dos ingleses e passou a cobrar do povo brasileiro foi bastante cruel e gerou que a vontade de independência”, explicou Corrêa. 

Depois do marco histórico o Brasil sofreu poucas mudanças na atividade econômica, tanto na forma de produzir quanto no formato de governo por continuar sendo império. “Quando o Brasil se torna independente em 1822 não temos nenhuma ruptura significativa, ou seja, quem era pobre ficou pobre, quem era rico ficou rico, quem era escrevo continuou escravo”, relembrou o historiador.  

Ao longo da história do Brasil, o processo de independência, a Proclamação da República, e o Golpe de 64, servem para manter a estrutura brasileira. “Não temos nenhuma mudança considerável na política brasileira, ou seja, continuou a manter os poderosos no lugar dos poderosos, os explorados no lugar dos explorados. Em um ponto de vista de uma construção de um país soberano, em termos de cidadania e emancipação da população, infelizmente estamos longe”, finalizou Ghedin.