Na Satc, formam-se mais do que alunos e profissionais. Formam-se histórias. Entre laboratórios, salas de aula e corredores da instituição, há os encontros inesperados. Neste Dia dos Namorados, quando o amor ganha protagonismo as histórias de casais apaixonados fluem e entram em cena, apresentando um lado diferente da Educação e Negócios, mas um espaço na Satc, para afeto e parceria.

Existem diversas maneiras de se encontrar o verdadeiro amor. Há pessoas que se apaixonam à primeira vista. Há aqueles casais que só se apaixonam depois do segundo encontro. Mas há histórias que começam muito antes do sentimento brotar. Aos pouquinhos, com gostos incomuns, surge uma verdadeira amizade e dela, o nascimento de um sentimento ainda maior. O amor. E assim iniciou a história do Marcelo Manenti Silveira e Anelize Piacentini Massaggi. Ele analista de suporte da Satc e ela responsável pela Satc Digital.

O sinal tocava e todos saíam da sala de aula. Naquela época, o casal nem imaginava que em 2025 já teriam formado uma linda família. A história começou ainda no Ensino Fundamental da Satc. Uma amizade que surgiu pelo gosto da leitura. “Éramos apenas amigos”, comenta Anelize.

Seguiram juntos pelos corredores da escola e, mais tarde, também nos laboratórios do curso técnico. Estavam juntos de manhã e à tarde. Primeiro como alunos, depois como estagiários. E diferente de alguns amigos que se afastam depois do Ensino Médio, a amizade só cresceu, quando se tornaram além de colegas de classe, mas também, colegas de trabalho. “A gente foi contratado quase junto. Eu em julho, ela em agosto”, lembra Marcelo.

Foi nesse convívio dia após dia, entre conversas sobre livros, rotina e sonhos, que algo começou a mudar. Um novo olhar nasceu em meio à amizade já formada. E com ele, uma admiração que crescia cada vez mais. “A gente sempre conversava muito. Sobre tudo. E um dia, resolvemos tentar. Ver o que podia acontecer”, comenta Anelize.

Aconteceu

Em 2010, começaram a namorar. Em 2014, se casaram. E hoje, dividem a vida, dentro e fora da Satc, junto com a pequena Sofia, o fruto uma história de amor construída com respeito e leveza.

Mesmo no mesmo ambiente de trabalho e se vendo todos os dias, o casal sempre mantem um cuidado especial para preservar os dois mundos. “Sempre deixamos bem separado: do portão pra dentro, somos colegas. Do portão pra fora, somos Anelize e Marcelo, marido e mulher”, conta ela. “Tem gente que até hoje se surpreende quando descobre que a gente é casado”, ele completa.

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Quando a História decide juntar duas pessoas

Além de juntar pessoas, a Satc também transforma histórias dignas de filmes, ou como é o caso de Hannah Beatriz, dignas de Doramas. Um amor que iniciou fora dos corredores da instituição, mas que aumentou ainda mais a por meio da profissão.

Professores de História do Ensino Médio na Satc, Hannah e João Paulo Silva compartilham muito mais do que a disciplina ou a sala dos professores. O casal construiu um relacionamento inspirador e conhecido. Mas, esse encontro não aconteceu na Satc — pelo menos não de início.

“É bem louco, porque nós tínhamos círculos de amigos em comum, estudávamos em escolas diferentes, mas nunca nos encontramos. Só depois que eu larguei Arquitetura e ele, Engenharia de Produção, então, os dois entraram para o curso de História no mesmo ano. Foi aí que tudo começou”, conta Hannah.

O primeiro contato na faculdade foi casual, com uma piada trocada fora da sala. E então, depois disso a conversa fluiu. Em uma semana, já estavam juntos e nunca mais se separaram. “Foi amor à primeira vista”, conta Hannah. E após tantos estudos, chega o momento de fazer estágio. E foi nesse momento que a Satc abriu as portas para a continuação dessa história.

O estágio acabou, mas a ligação com a instituição não. João Paulo começou a Lecionar a disciplina de História na Satc e pouco tempo depois chega Hannah. Hoje, dividem o ambiente de trabalho com naturalidade. “Às vezes a gente solta um ‘amor’ sem querer pelos corredores. Aí nos olhamos e lembramos: opa, aqui não”, conta a professora.

Ao falar sobre o relacionamento é fácil perceber a admiração e cumplicidade entre o casal. A conexão real que existe entre duas pessoas é explicada a partir da forma singular que cada um desenvolve sua aula e que muitas vezes se torna igual. “Às vezes a gente nem combina e os resumos que fazemos são iguais, as piadas que usamos são parecidas. Tem aluno que diz que ela é minha versão feminina e eu sou a versão masculina dela”, comenta João Paulo.

Uma história de amor que há 23 anos também é vivida nas salas da Satc

Na Satc, algumas histórias não se limitam às salas de aula. Elas atravessam o tempo, constroem famílias e formam raízes junto com os próprios pilares da instituição. Entre tantas histórias que caminham pelos corredores da escola, uma delas merece destaque especial neste Dia dos Namorados: a trajetória de Cristiane Pavei Martinello e Luciano Bitencourt Fernandes, dois professores do curso de Informática que, há aproximadamente 23 anos, dividem muito mais do que o quadro branco, as turmas ou o calendário escolar. Dividem a vida.

Foi no fim dos anos 90, antes mesmo de ouvirem falar da Satc, que os caminhos de Cris e Luciano começaram a se cruzar. “Eu trabalhava na expedição da Incobras, e a Cris entrou para o setor de TI. Ela já era da informática, e eu ainda estava longe de imaginar que minha vida tomaria esse rumo”, relembra Luciano.

A rotina do trabalho os aproximou. De colegas a amigos, até que um convite para o baile de formatura de Luciano se transformou em algo mais. “A gente ficou pela primeira vez nesse baile e nunca mais se desgrudou”, conta ele. O casal se casou em fevereiro de 2002. E, alguns meses depois, em julho do mesmo ano, iniciavam juntos uma nova fase da vida: a carreira docente na Satc.

O começo de tudo… na Satc

Os dois convidados para integrar o recém-criado curso Técnico de Informática, foram pioneiros em um projeto que hoje forma centenas de alunos. “Na época, havia poucos professores. Nós praticamente revezávamos as turmas. Um dia o aluno tinha aula comigo, no outro com o Luciano, e depois com os dois de novo. Teve conselho de classe que éramos só nós dois”, recorda Cristiane.

A sintonia era evidente. E não demorou para que o vínculo com a escola se tornasse familiar. Os dois filhos do casal também estudaram na Satc, desde o Ensino Fundamental até o ensino superior, e inclusive passaram por estágios dentro da própria instituição. “Teve semestre em que chegávamos os quatro às 14h e saíamos juntos às 22h. A Satc era praticamente uma segunda casa”, comenta Luciano.

Parceiros em tudo

Em 23 anos de casamento e profissão, o que poderia ser exaustivo se transformou em uma parceria ainda maior. “A gente teve medo, claro. Trabalhar junto, estar junto o tempo todo. Tivemos aquele receio. Mas a verdade é que sempre funcionou bem, a gente soube equilibrar. Temos gostos parecidos, somos dois nerds da tecnologia, apaixonados por música e claro, muito parceiros”, explica Cris.

“A Cris demora um pouco para fazer o download da alma de manhã, e eu já acordo ligando o som ou um vinil. Mas é assim que nos equilibramos. Ela é meu contraponto calmo, minha razão. Eu trago a energia e ela organiza”, completa Luciano.

Durante o período de pandemia, em 2020, a casa virou uma verdadeira escola e lugar de trabalho, com quatro pessoas, em quatro ambientes diferentes, conectadas ao mesmo tempo, cada um com sua ‘tarefa’. “Foram tempos desafiadores, mas também reveladores. Ali vimos o quanto éramos uma equipe”, relembra o professor.

Amor que educa e inspira

Com o tempo, os alunos se tornaram colegas, e alguns, até ‘compadres’. Na faculdade, alguns alunos, muitas vezes, nem percebem que os dois são casados. Já no Técnico, o contato é maior, a convivência mais próxima e então surge a admiração dos estudantes pelo casal. “É engraçado ver a surpresa quando descobrem.  Já fomos padrinhos de casamento de ex-alunos, temos colegas que já foram nossos estudantes, isso é impagável”, ressalta Cristiane.

Enquanto celebram os 23 anos de vida em comum, na Satc, Cris e Luciano seguem ensinando, inspirando e provando, a cada dia, que amor e educação podem caminhar juntos. “Se fosse um teste, a gente passou com louvor”, os dois brincam.

E a Satc, que também é cenário dessa e de tantas outras histórias, se orgulha em ser mais do que uma escola: ser um lugar onde o amor também educa.