A dedicação fora da sala de aula e o incentivo do ambiente familiar são aliados para a evolução no inglês dos alunos, independentemente da idade. O aprendizado da língua inglesa pode acontecer em qualquer momento da vida, porém, aspectos como tempo disponível e disciplina, possuem influência direta com o desempenho dos estudantes.

De acordo com a professora de inglês, Giselle Dichsen, os benefícios de aprender inglês são inúmeros para todas as faixas etárias, como a melhora na conversação interpessoal, por exemplo. Contudo, dependendo da fase da vida, fatores como disponibilidade, paciência e confiança, se diferem no cotidiano dos alunos.

“As crianças têm mais tempo, mais espaço para aprender e lidam com menos pressão externa, ou seja, geralmente estudam se divertindo. Os adolescentes nem sempre possuem uma visão tão clara dos objetivos desse aprendizado, e, com tantas mudanças acontecendo nessa fase, às vezes eles têm dificuldade em manter o foco. Já os adultos, nem sempre disponibilizam o tempo necessário para se dedicar ou priorizar o estudo, além do medo de errar, que pode atrapalhar bastante”, detalha Giselle.

Vale ressaltar que não significa que exista uma idade ideal ou limite para que o aprendizado de inglês aconteça, conforme a professora. “É possível aprender inglês ou qualquer outro idioma em qualquer idade, a questão principal é a velocidade do aprendizado, que geralmente está associada ao tempo de qualidade que o aluno dedica ao estudo da língua”, enfatiza.

O apoio familiar impacta diretamente no aprendizado dos alunos. À medida que os pais demonstram interesse genuíno pelo estudo dos filhos, as crianças tendem a evoluir nas aulas.

“Esse apoio pode se dar através de elogios, ouvir com atenção o que eles relatam sobre as aulas e assistir programas em inglês juntos, mesmo que os pais não tenham o idioma como segunda língua. O incentivo da família tem um valor maior que o financeiro, e pode ser mais determinante do que escolher o professor ou a escola onde colocá-los”, pontua a professora.

Pesquisar sobre as oportunidades no mercado de trabalho é algo comum entre os falantes da língua inglesa. Apesar de ser um ponto importante a se analisar, há outros benefícios em ter o idioma como segunda língua.

“A área profissional se abre mais facilmente para quem fala inglês, além de valorizar e remunerar melhor o colaborador bilíngue. Fora isso, o estudante consegue se comunicar em qualquer lugar do mundo, fazer novas amizades com pessoas de qualquer nacionalidade, expandir a visão pessoal da realidade e ter um pensamento mais amplo e flexível em relação às diferentes culturas”, finaliza a professora.

O inglês na prática

Ao começar a frequentar aulas de inglês com nove anos de idade, a estudante, Luiza Brehm, notou melhora no seu raciocínio e memória. Apesar de ter parado de ir para as aulas com 15 anos, o estudo do idioma continua presente na vida da aluna até os dias de hoje.

Desde muito cedo, a estudante teve influência dos pais para estudar e aprender coisas novas. Saber falar em inglês era algo que Luiza almejava quando criança. “Escutava o idioma frequentemente nos meus filmes e músicas favoritas. Quando surgiu a oportunidade de iniciar o curso, fiquei muito animada sabendo que poderia falar inglês fluentemente ao decorrer dos meus estudos”, relembra.

Praticar o inglês fora da sala de aula foi essencial para o progresso de Luiza na língua. “Assistir séries e filmes legendados ajudaram a fortalecer meu inglês, mesmo quando saí do cursinho. Ler livros de língua inglesa, ouvir músicas de artistas internacionais, treinar a fala com uma colega ou até mesmo sozinha, também alavancaram minha fala e escrita”, relata a estudante.