No Estado de Santa Catarina, de 250 notificações de casos da Varíola dos Macacos (varíola Monkeypox), 36 foram confirmados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE). Os dados são da última segunda-feira (15). Constam ainda mais 136 casos suspeitos, e outros 78 já foram descartados de acordo com a DIVE/SC.

Nos casos confirmados, a maioria que está com a doença são homens, na faixa etária de 22 a 54 anos. Apenas em um caso a paciente é mulher. Florianópolis é a cidade com maior número de casos no Estado com 13 confirmações, ainda segundo a DIVE/SC ao menos dez cidades de diferentes regiões do Estado contem ao menos um caso da doença.

Balneário Camboriú registrou seis casos de Varíola dos Macacos.  Sequência Blumenau e Joinville com cinco cada, Brusque com dois casos e São José, Leoberto Leal, Itajaí, Abelardo Luz e São João Batista com um cada. Já é registrada a contaminação comunitária no Estado.

O primeiro caso da doença em Santa Catarina foi notificado no dia 30 de julho pelas autoridades de saúde. Logo após a DIVE/SC emitiu um plano de contingência na sexta-feira (12)e disponibilizou um documento com orientações as unidades de saúde. O documento alerta aos profissionais de saúde que trabalham em unidades de saúde para que fiquem atentos aos casos suspeitos, considerando os casos mais leves de manifestação da doença e, uma notificação e isolamento com a maior agilidade possíveis.

O plano ainda propõe que a identificação precoce da doença possa evitar o alastramento do vírus a públicos mais vulneráveis como crianças, gestantes e imunocomprometidos. “Esse plano aponta para uma gestão harmoniosa com regras claras para cada esfera e construção de referências internas”, assinala o superintendente de vigilância em saúde, Eduardo Macário. No Brasil os cacos confirmados ultrapassam 2.219 pacientes e uma morte confirmada.

Na cidade de Criciúma não há casos da doença, mas segundo o secretário municipal de saúde, Arleu da Silveira, as unidades de Saúde e Hospitais já estão orientadas a entrar em contato com a Vigilância Epidemiológica para casos suspeitos. “O paciente Suspeito deve ser isolado imediatamente e fazer a coleta do exame”, explica Silveira.

A Doença, meios de infecção e os sintomas

A Varíola dos Macacos é uma doença viral rara que infecta os animais e raramente os humanos. Foi descoberta em 1958 na República Democrática Do Congo. É mais encontrada nas regiões da África ocidental e Central por conta das espécies de animais locais da região, tendo registrado seu primeiro caso em humanos na década de 1970, na República Democrática do Congo.

Uma zoonose silvestre, como é classificada a varíola dos macacos, é um vírus que infecta macacos e que pode imprevistamente infectar humanos.

Sua transmissão ocorre a partir do contato com um infectado, tanto animal como humano, com as lesões da pele causados pela doença e objetos contaminados, ou através do contato durante o sexo. Os sintomas iniciais da varíola dos macacos podem incluir febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfonodos inchados, calafrios e exaustão.

Vacina e outros meios de prevenção da varíola dos macacos

Sem um tratamento específico, o meio de prevenção mais recomendado é a vacina para a varíola tradicional que chega ao Brasil em setembro.

Outros cuidados são recomendados como higienizar as mãos com água e sabão ou utilizar o álcool, evitar o contato com pessoas infectadas e usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele.