No alto da temporada de veraneio, os números de prevenções aquáticas na região sul de Santa Catarina ultrapassam 410 mil, sendo 57 salvamentos e 9 mil ocorrências de lesões causadas por águas-vivas. Por isso, os cuidados em ambientes cercados por água devem ser redobrados. 

De acordo com o Subcomandante do 4 Batalhão de Bombeiros Militar com sede em Criciúma, Major Renan Fernandes o número de óbitos chega a sete pessoas que perderam suas vidas em afogamentos em 2023. “Os números compreendem aos 25 municípios que o 4º Batalhão atende, sendo 6 em área desguarnecida e um afogamento secundário em área guarnecida”, afirma o Major. 

Para que os números deixem de subir, conheça alguns cuidados importantes para seu passeio seja mais bem aproveitado de maneira segura. Em relações as praias, é importante escolher um local em que são cobertos pelo serviço de salvamentos aquáticos, com guarda-vidas presentes. Com informações repassadas pelo Major Fernandes, o ato de ingerir bebidas alcoólicas ou refeições realizadas antes de entrar na água vem se tornando um grande vilão nos últimos casos de afogamentos. 

O cuidado também deve ser seguido aos locais em que se estabelece a bandeira vermelha, indicando alto periculosidade, os quais devem ser evitados e as orientações respeitadas. “Os locais com a bandeira de local perigoso representam o risco adicional, podendo ser uma corrente de retorno ou uma vala, situações que podem apresentar um perigo imediato as pessoas que estão ali”, explica Fernandes.

 Correntes de retorno são uma espécie de rio presentes nas praias, esses locais acabam sendo componentes em que aumentam o número de afogamentos. “Geralmente os banhistas entram ali e são puxados para dentro do mar, se for uma pessoa que não saiba nadar ou não tenha conhecimento do mar se tornando uma vítima de afogamento”, expõe o Major. 

Imagem: Corpo de Bombeiros Criciúma

Afogamentos em piscinas são responsáveis por 3% dos óbitos pôr ocorrências

Os óbitos de crianças vítimas de afogamento vêm aumentando a cada dia com o uso de piscinas. Diariamente uma criança se afoga em casa, atingindo a faixa de 59% de 01 a 09 anos de idade de acordo com dados da Sociedade de Salvamento Aquático (SOBRASA), mas alguns fatores podem ser levados em conta para maior cuidado dos pequenos. 

Se a criança não souber nadar, uma dica do bombeiro é optar por coletes salva vidas no lugar de boias e outros objetos já que podem virar em um movimento contrário. “Boias acabam dando a falsa sensação de segurança. Materiais flutuantes devem ficar sempre à mão, para o caso de necessidade”, comenta o Major. Além disso, é recomendado um ralo anti-aprissionamento nas piscinas, para evitar que criança e adultos fiquem presos pelos cabelos e membros. 

Oque fazer em caso de incidentes ao seu redor 

O subcomandante Fernandes explica que que o primeiro passo em caso de avistar alguém se afogando é acionar o corpo de bombeiros por meio do telefone de emergência 193. “Se caso estiver na praia, busque por um guarda vida apto ao salvamento. Alcançar algum objeto ao redor, como uma garrafa pet, caixa térmica, corda ou madeira para apoio, mas sem se expor ao risco. Por fim, não tente realizar o salvamento se não estiver habilitado para tal ato”, finaliza.  

CBMC disponibiliza aplicativo para banhistas 

Para mais informações, o Corpo de bombeiros oferece acesso ao aplicativo “CBMC Cidadão”, o app fornece informações sobre as cores das bandeiras, postos que estão em funcionamento e a balneabilidade dá água.  o aplicativo está disponível tanto para Android quanto IOS.