O tema é atual e necessário. Entender o que é a violência contra as mulheres, que não se resume apenas à violência física, como denunciar e onde procurar auxílio foram pontos da palestra que envolveu acadêmicos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da UniSatc.

A psicóloga Lais Steiner Massari e o promotor de Justiça Samuel Dal Farra Naspolini foram os convidados da noite de terça-feira (22) para o bate-papo com os estudantes. A ação, proposta pela psicóloga Lais, que também atua no atendimento de acadêmicos da UniSatc, visa conscientizar mais pessoas sobre o tema. “A violência não envolve apenas uma pessoa. Ela é uma questão de saúde pública, precisa de atenção e do apoio de todos. Ela causa traumas em todos do núcleo familiar”, ressaltou Lais.

A violência não consiste em agressões físicas, ela está presente em humilhações, vigilância, controle da vida social, sexo forçado, xingamentos, rasgar roupas ou quebras objetos pessoais, entre outros pontos. O Ministério Público (MP) tem uma campanha contínua sobre o assunto.

De acordo com o promotor, a Lei Maria da Penha trouxe mais condições para o atendimento nesses acasos. “Tão importante quanto prender o agressor é resgatar os direitos da vítima. Buscamos medidas protetivas, mas atuamos fortemente em dar apoio à essas mulheres”, afirmou Naspolini.

Rede construída para dar apoio às mulheres

A rede de apoio conta com o apoio das Polícias Civil e Militar, Ministério Público, Judiciário e também as Prefeituras. Nos municípios, as equipes dos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), Secretarias de Assistência Social e unidades de Saúde, estão integradas para atuar em casos em que a violência for identificada.

Em Santa Catarina, em 2021, conforme o MP, foram registrados 55 feminicídios e aplicadas mais de 19 mil medidas protetivas. Os dois palestrantes reforçaram o quanto é importante que todos fiquem atentos a casos de violência que ocorrem próximo. Denunciar aos canais corretos pode contribuir para evitar que as situações prossigam.