Reconhecido como o mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa não abrange apenas os seres humanos, mas o mundo dos pets também. Com maior incidência em cachorros e gatos, o diagnóstico é tão comum neles quanto nas pessoas. Segundo dados divulgados no Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), cerca de 45% das fêmeas caninas e pelo menos 30% das fêmeas felinas são acometidas pela doença.

Embora sejam universos distintos, o processo de descoberta do câncer é semelhante ao dos seres humanos. “Normalmente vem de um achado acidental da lesão ou do nódulo, que no caso dos animais, acontece por parte do tutor, que ao fazer carinho na região mamária do pet encontra a lesão”, esclarece a médica veterinária, Maria Laura Nunes.

Fatores de risco como idade, raça, sobrepeso e até mesmo a castração tardia, contribuem para o desenvolvimento da doença. Segundo a especialista, a incidência do câncer de mama em animais tem aumentado devido a longevidade e a melhora da qualidade de vida dos bichinhos. “A probabilidade de desenvolver um câncer, não só o de mama, é maior”, destaca.

Variações do Tumor

Os nódulos na cadeia mamária podem crescer rapidamente. Assim como nas pessoas, a doença engloba diferentes tipos de tumores, podendo adquirir uma inflamação mais localizada ou evoluir para uma ulceração dependendo do caso.

“O problema dos sinais, é que acabam sendo muito silenciosos inicialmente, e, muitas vezes, o tutor adia o início do tratamento ou do diagnóstico. O sucesso do tratamento depende do quão adiantada e rápida essa descoberta é”, pontua Maria Laura.

Como tratar e prevenir a doença?

O tratamento é muito específico e individual, dependendo do tipo tumoral, da graduação tumoral e das condições de saúde do paciente. Normalmente, de acordo com a veterinária, para neoplasias mamárias, opta-se pela cirurgia de retirada e de excisão do nódulo. 

A prevenção está diretamente interligada à eliminação dos fatores de risco. Manter boas condições de saúde e retirar os estímulos hormonais dos animais, seja através da castração ou da interrupção da vacina de ciúmes, ainda conforme Maria Laura, também evitam o surgimento da doença. 

“Sempre que possível, os tutores devem palpar toda a cadeia mamária, incluindo as glândulas e os tetos. Também devem verificar a região adjacente à cadeia mamária, a fim de checar a presença de nódulos ou de aumento de volume”, completa a especialista.