Entre todos os tipos de cânceres em mulheres, o câncer de colo do útero é o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa. A doença está relacionada ao contágio pelo Papilomavírus humano (HPV), que pode ser transmitido através de relações sexuais. Santa Catarina é o estado da região Sul com mais casos de registros do tumor. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o estado teve 880 casos de câncer de colo de útero em 2022. Nos primeiros quatro meses do ano passado, apenas 73 mil mulheres do estado realizaram a coleta de exame citopatológico em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de exames que servem para a detecção precoce.

“O câncer de colo de útero é uma doença silenciosa porque, na maioria dos casos, os sintomas só aparecem quando já se tem lesões volumosas. Além disso, nos casos de lesões precursoras, podemos impedir a evolução por câncer em situações que a lesão ainda nem é vista a olho nu”, explica a médica Túlia Kleveston, ginecologista e obstetra da Saúde da Mulher de Criciúma. 

Atualmente, no país, a doença é uma das que mais preocupa entre as mulheres. Mas, isso não é exclusivo do Brasil. Em 2018, foram 570 mil mulheres diagnosticadas no mundo.

Como identificar o câncer de colo de útero 

Mas é importante estar ciente dos sinais e sintomas mais comuns do câncer. Eles podem incluir protuberância anormal ou inchaço no pescoço, mama, abdome, testículo ou em outro local do corpo. Cansaço inexplicável e perda de energia. Além disso, há ainda hematomas frequentes.

Segundo dados do Inca, o câncer de colo uterino é a terceira maior causa de morte nas mulheres brasileiras em idade fértil. “Precisamos estar atentas a esta doença, quando descoberto precocemente, a chance de cura é muito maior”, reforça a enfermeira Sonia Rocha, coordenadora da Atenção Básica de Içara.

Prevenção contra a doença 

Existem maneiras de impedir o desenvolvimento da doença. A principal forma de prevenção, entretanto, é a vacina contra o HPV. Ela protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.

A outra é diagnosticar e tratar as lesões pré-cancerígenas antes que se tornem malignas, em seguida prevenir as condições pré-cancerígenas. 

Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero todos os anos. É muito importante manter uma alimentação saudável, praticar atividade física para manter o quadro de saúde equilibrado.

*Texto: Lea Zongo, acadêmica de Jornalismo UniSatc.