Entender o que está sendo discutido no mundo na indústria de baixo carbono foi um dos pontos do The Energy Transition – The role for the sustainable Carbon, evento sobre transição energética e baixo carbono. Realizado na cidade Cagliari, na Sardenha, Itália, o espaço de discussão conheceu um pouco do que o Brasil está trabalhando. O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan, apresentou o Marco Legal da Transição Energética Justa no país.
O congresso é uma realização Centro Internacional de Carbono Sustentável (International center for Sustainable Carbon) do Reino Unido. O objetivo é reunir especialistas globais em todos os aspectos da transição energética. Participaram do evento, que ocorreu entre 16 e 18 de novembro, representantes de vários países, como Austrália, Itália, Japão, África do Sul e Estados Unidos.
Zancan trouxe dados sobre as leis que foram criadas no Brasil e as pesquisas em andamento. “Nessa apresentação foi mostrado o projeto da Cidade do Conhecimento e as ações que a Satc lidera para desenvolver tecnologias para a indústria de baixo carbono”, informou.
Nas palestras e mesas de discussão, os participantes trouxeram exemplos de transição energética na Austrália, África do Sul, países europeus e também sobre segurança e estabilidade do sistema elétrico.
Agenda da viagem incluiu projetos de gasificação
No roteiro de Zancan na Itália foi incluída uma visita ao centro de tecnologia da empresa Sotacarbo. Com sede na cidade de Cagliari, na Sardenha, a empresa opera projetos focados em energia.
“A ideia da visita foi conhecer os projetos de gasificação de carvão, biomassa e plástico que visa produzir hidrogênio limpo. Esse desenvolvimento tecnológico e feito com a colaboração do laboratório de energia dos Estados Unidos, que é parceiro da Satc”, ressaltou Zancan.
Conforme o presidente, a ABCM tem por objetivo viabilizar tecnologias de carbono zero e a pesquisa desenvolvida pela Satc vai nessa direção. “Nossa intenção é viabilizar um programa de produção de hidrogênio limpo para Santa Catarina com apoio internacional”, ponderou.