A alfabetização é um processo crucial para a comunicação e acesso a informações do cotidiano. Nas grades estudantis, ela aparece logo nos primeiros anos, pois é indispensável para o desenvolvimento cognitivo e de socialização das crianças.  O Dia Internacional da Alfabetização foi definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) no dia oito de setembro de 1967, com o intuito de destacar a importância do letramento para o desenvolvimento social.  

Segundo a pedagoga Juliana Cechinel da Escola de Educação Básica Jorge da Cunha Carneiro, processo de alfabetização muda para cada pessoa, mas habitualmente, inicia-se no primeiro ano do Ensino Fundamental I e é consolidado durante o período de três anos. “Eu proponho algumas abordagens como o método fônico, associado a jogos, músicas, parlendas, atividades lúdicas, leitura de histórias, exploração de diferentes gêneros textuais e atividades práticas que envolvem escrita e oralidade, além de trabalhar com rodas de conversa e produções coletivas”, explica. 

Ainda conforme a professora sobre o processo de alfabetização, os pais têm papel importante no desempenho das crianças, e o incentivo é importante para que os pequenos aprendam mais rápido. “A família pode ajudar tendo o hábito de ler diariamente, contando histórias, lendo junto com a criança, oferecendo livros, gibis e materiais variados, além de valorizar os avanços e conquistas da criança”, comenta a pedagoga. 

A alfabetização para jovens e adultos

O projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi criado pensando em apoiar pessoas mais velhas no processo de aprendizagem. A Coordenadora Pedagógica do EJA na secretaria Municipal de Educação, Joice Viviane Neves, explica que a didática para ensinar varia de acordo com a idade do aluno. “Esse é um dos desafios da educação de jovens e adultos a adequação de material para eles, porque um material didático usado para a alfabetização de uma criança não pode ser o mesmo que você vai utilizar para um adulto. A gente não pode ter de maneira nenhuma um material infantilizado, já que nosso público não é o infantil”, comenta Joice. 

O tempo de alfabetização pode variar, devido a situação de vida dessas pessoas. “É bem difícil de definir quanto tempo um estudante vai levar para se alfabetizar. Isso por vários motivos, são pessoas com histórias de vida bastante complexas, muitos em situação de vulnerabilidade. Então algumas vezes o estudante já vem com o conhecimento anterior e ele se alfabetiza mais rapidamente e outras às vezes precisam de mais tempo para desenvolver essas habilidades de leitura, escrita e interpretação”, finaliza a coordenadora.