Gabriela Santana
Ao longo do mês, o Julho Amarelo vem mobilizando ações de prevenção e conscientização sobre as hepatites virais em Criciúma. A campanha, dedicada ao combate dessas infecções silenciosas que afetam o fígado, reforça a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados com a saúde.
As hepatites virais podem causar alterações leves, moderadas ou graves no fígado. “Cada tipo de vírus tem uma forma distinta de transmissão e pode levar a quadros agudos ou crônicos da doença”, explica a médica infectologista Mônica Junkes.
No Brasil, os tipos mais comuns são os causados pelos vírus A, B e C. “Por isso, as estratégias de prevenção são focadas nesses três. Também existem os vírus da hepatite D, mais prevalente na região Norte, e o da hepatite E, que é raro no país, mas comum em partes da África e da Ásia”, completa a médica.
Na maioria dos casos, a infecção se desenvolve de forma silenciosa. Quando os sintomas aparecem, podem incluir cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
A prevenção depende do tipo de hepatite. Os tipos A e B possuem vacina disponível pelo SUS. Já a hepatite C, que não tem vacina, exige ainda mais atenção com medidas como a higienização correta de alimentos, o uso de preservativos nas relações sexuais e a não utilização compartilhada de objetos pessoais.
Durante o mês, a Secretaria Municipal de Saúde intensificou as ações de testagem rápida, orientação e imunização. “Estamos promovendo testagens, divulgando a importância da vacina contra a hepatite B, vacinando quem ainda não iniciou o esquema e completando as três doses necessárias para garantir a imunidade. Além disso, temos atuado fortemente na conscientização da população”, afirma a enfermeira do Programa de Hepatites Virais da Vigilância Epidemiológica, Michele Serafim Hilario.
Embora nem todas as hepatites tenham cura, existe tratamento para os casos diagnosticados. “Após a confirmação, é importante que o paciente procure o serviço de referência no município para iniciar o acompanhamento, caso haja indicação. Os critérios para início do tratamento serão avaliados por uma equipe especializada”, finaliza a médica.
