Um dos grandes nomes do Jornalismo brasileiro, David Coimbra, faleceu nesta sexta-feira (27), em Porto Alegre (RS). Aos 60 anos, David enfrentava uma luta contra um câncer no rim desde 2013. Ele deixa a esposa Márcia, e o filho Bernardo, de 13 anos.

A ligação de David com o jornalismo de Criciúma começou na década de 1980, quando ele veio para a cidade trabalhar na Rádio Eldorado. Junto de nomes da imprensa local, como Milioli Neto e Adelor Lessa, começou a reformular a grade da emissora e imprimiu um jeito diferenciado, muito semelhante ao praticado no Rio Grande do Sul. Era a inclusão de programação jornalística quase que 24 horas. Ele também atuou no Jornal da Manhã e na RCE TV.

“O modo de fazer jornalismo tem o dedo do David. Ele influenciou positivamente o trabalho da imprensa na nossa região. Por isso, que sua perda nos marca tanto. Não apenas pela sua importância como jornalista, mas pelas amizades que fez”, ressaltou a coordenadora de Jornalismo UniSatc, Kaki Farias.

Em 2020, mais uma vez David foi convidado para conversar com os acadêmicos da Satc. No bate-papo, conduzido pela jornalista Francine Ferreira, ele trouxe observações sobre como é dar a opinião no Jornalismo (acesse aqui).

David participou do Jornalismo e Conexões, um bate-papo com acadêmicos UniSatc.

O David Coimbra escritor

Sua passagem na imprensa se fortaleceu ainda mais com o trabalho no Grupo RBS, a partir dos anos 1990. Mas a veia literária sempre fez parte do seu trabalho. Um dos primeiros livros foi “Atravessando a escuridão: Memórias de um comunista casual”, em que traz um pouco da trajetória do sindicalista e mineiro Jorge Feliciano.

Cronista e autor de romances, ele produziu “Canibais – paixão e morte na Rua do Arvoredo” (2004) e “Jô na estrada” (2010). Também é autor dos ensaios históricos “Jogo de damas” (2007) e “Uma história do mundo” (2012), das coletâneas de crônicas “Mulheres!” (2005) e “Um trem para a Suíça” (2011), entre outros.