Os focos do mosquito transmissor de dengue, zika e chikungunya, o Aedes Aegypti, tiveram um aumento notório no sul de Santa Catarina em 2023, comparados ao mesmo período do ano passado. Os números foram contabilizados entre o dia 01 de janeiro a 04 de março de ambos os anos. Em 2022 foram registrados 174 pontos ativos, já em 2023 o número chega a 304, estes distribuído entre os municípios da Região Carbonífera segundo a Associação de Municípios da Região Carbonífera (AMREC). Em Criciúma já são contabilizados 10 pontos ativos que já estão em monitoramento.
O número não preocupa, mas é levado como alerta para não ocasionar um aumento na cidade. “Gostaríamos de zerar os números, mas estamos trabalhando muito para que os números permanecem bons. Em relação a outras regiões estamos muito bem. A população é uma grande aliada para a fiscalização desses focos e mitigação sobre isso. Em Criciúma é muito fiscalizado, quando não é possível a entrada da vigilância na casa o drone é acionado e a residência é sobrevoada, notificando os proprietários via vigilância sanitária. É importante permanecer atento a esse alerta”, explica o diretor da defesa civil de Criciúma, Fred Gomes.
A atuação da população pode ajudar com que mais ações possam ser realizadas de acordo com Fred. Além de acionar a Defesa Civil ou a Vigilância Sanitária em casos os quais o foco não pode ser desfeito por ela, os moradores podem atuar no cuidado de suas moradias e bairros.” A população pode ser atuante no combate ao mosquito, seja retirando a água parada de recipientes em locais com exposição a água, garrafas pets e pneus. Além de verificar as calhas de suas casas e pote de flores, tudo que possa impedir o acúmulo de água, que é o maior causador de focos já é válido”, finaliza Gomes.
Casos de doenças no estado
Em contrapartida, no estado, são 17.075 focos do mosquito Aedes Aegypti, chikungunya e Zika em 202 municípios contabilizados. Esse número demonstra uma diminuição de 12,1% nos focos entre o mesmo período de 2022, quando os ativos chegavam a 19.420 em 192 municípios do estado de acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC). Os dados utilizados para concluir o número de focos foram coletados por meio de notificações feitas pelos municípios no sistema de informações de Agravos de Notificação (Sinan On-line e Net) do Ministério da Saúde em parceria com o DIVE/SC. Dentre os casos notificados os números somam 7.107 notificados e 1.330 confirmados de dengue, já de Chikungunya são 87 casos notificados e 6 confirmados e 43 notificações de Zika sem nenhuma confirmação.
Palhoça é a cidade com mais infestação de casos, somando 650. A definição de infestação é realizada de acordo com a disseminação e manutenção dos focos na cidade. Três óbitos são investigados por suspeita da dengue, entre eles dois ocorreram em Palhoça, e um em Blumenau de acordo com SINAN On-line.