Durante os períodos de calor intenso e nas temperaturas quentes, a chuva se torna um elemento fundamental. Mas, infelizmente, o município de Içara vem tendo vários prejuízos provocados pela falta de chuva. No qual, a estiagem causada está afetando, principalmente, as produções agrícolas realizadas na região. A situação se agravou durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro.
De acordo com o engenheiro agrônomo da Epagri de Içara, Luiz Fernando Burigo Coan, a média história de chuva nesses três meses é de 471 milímetros. Porém, até o momento choveu apenas 174 milímetros, basicamente, um terço do esperado. Somente nas lavouras de milho o prejuízo já é de R$ 12 milhões.
“Isso está sendo ruim, porque choveu menos nos meses mais quentes. São os dias que tem mais horas de luz, mais ventos e também temperaturas abafadas. Desse modo, no verão é o momento que as plantas mais precisam de água para se desenvolver. Mas, acabou faltando e prejudicando o desenvolvimento das plantações”, ressalta.
A grave situação obrigou a Prefeitura de Içara a decretar situação de emergência por conta da estiagem.
Prejuízos nas produções agrícolas
Conforme Burigo, o milho e a soja foram os produtos mais afetados durante as plantações nas safras. Sendo assim, o dado estimado de prejuízo foi de R$ 12 milhões nas plantações de milho, com média de 30%. Já nas plantações de soja, o prejuízo foi de R$ 4 milhões, com média de 20%.
“Então, o produtor que iria colher 150 sacas de milho por hectares, vai acabar colhendo apenas 100 sacas. Ou o produtor que iria colher 120 sacas por hectares, vai colher apenas 90 sacas. Ou seja, a produção vai acontecer, mas vai ser menor do que o esperado”, completa.
Combate a estiagem na região
Segundo Burigo, como a estiagem afeta, diretamente, a agricultura. A Epagri está incentivando a população começar a fazer reservas de água e, também sistemas de irrigação. Assim, conseguirão regar as lavouras, e diminuir um pouco o prejuízo causado nas colheitas.
Entretanto, ainda segundo Burigo, começou a faltar a água também para o consumo. “Devido a isso, a população começou a procurar a prefeitura e a Defesa Civil para conseguirem água para consumir e, também, para amenizar a situação de seca causada na região”, estabelece o engenheiro.