O cigarro eletrônico está cada vez mais atrativo entre os jovens, por contar com opções de sabores como maça verde, melancia, menta e a ausência do mau odor do cigarro tradicional. Um médico comenta como isso acaba escondendo o risco cardiovascular, pulmonar e cancerígeno que pode acontecer ainda na juventude por conta deste dispositivo.
A proibição da importação, publicidade e comercialização do cigarro eletrônico conhecido como vape aconteceu em 2009 no Brasil. Mas ainda é comum o consumo entre os adolescentes, isso acontece por a falsa esperança de ser menos prejudicial à saúde. Segundo o médico pneumologista, Fabio Souza, a vaporização apresenta malefícios e pode prejudicar o desenvolvimento dos jovens. “O vape tem mais do que 3 mil compostos químicos, desde substâncias cancerígenas, comprovadamente. como radônio e pode ter também um óleo derivado da vitamina E, que pode causar uma pneumonite química”, disse o especialista.
Outro uso do vape é para quem está tentando parar com o vício do cigarro químico e opta pelo o eletrônico com a ilusão de ser menos lesivo ao bem-estar. O médico comenta que o dispositivo pode ter até 100 vezes mais nicotina que o cigarro tradicional. “O dispositivo eletrônico não é inofensivo, não serve para parar de fumar cigarro químico e pode até atribuir mais danos do que o cigarro tradicional”, explica.
Garota fica azul por excesso de vape
Recentemente a notícia da jovem britânica Kyla Bright, chamou atenção na internet por perder parte do pulmão aos 17 anos. Esse caso repercutiu pela a menina ter ficado com uma coloração azul após desmaiar por excesso de vaporização.
“Neste caso, com grande inalação do vape, a jovem vaporizava inúmeras vezes por dia, lesionando o pulmão de forma rápida com pouca troca gasosa eficaz deixando o paciente mais azulado, mais cianótico”, explica o especialista.
Segundo Souza esse sintoma também pode ser visto em pacientes com enfisema, doenças pulmonares agudas ou crônicas graves.