O Ensino de Jovens e Adultos (EJA), se trata de um projeto para pessoas de diferentes idades, que por alguma razão não conseguiram concluir o Ensino Fundamental. Este projeto visa democratizar o ensino, trazendo maior autonomia para os egressos. Agora, com a implementação do Pro-EJA, o curso conta com aulas mais rápidas e compactas. Proporcionando também a formação técnica, além da fundamental.
Esse modelo de ensino proporciona aos alunos aulas diferenciadas do ensino tradicional. “No EJA tem um tempo de estudo mais reduzido, mas que eles conseguem se alfabetizar e concluir seus estudos. Essas aulas acontecem geralmente de segunda a quinta-feira à noite. São quatro noites por semana e alguns cursos tem até um período vespertino, mas a grande maioria é noturno”, relata o gerente de Educação Corporativa da Satc, Daniel Fritzen.
Para além da formação no ensino básico, nos últimos dois anos houve a implementação do Pro-EJA. “Seria a adição do ensino profissionalizante dos alunos que realizam o EJA. Com essa demanda muito grande da indústria da nossa região por mão de obra qualificada, a prefeitura, por meio da Secretaria de Educação, criou um movimento para melhorar essa situação, o Pro-EJA”, explica.
Com esta implementação houve uma modificação na grade de aulas do ensino básico, para não interferir no tempo de conclusão. “Vamos capacitar pessoas para colocá-las a disposição da indústria. Então o EJA tradicional recuou de quatro noites, e quatro períodos, para três períodos. Um desses períodos fica possível a realização desses cursos”, pontua Fritzen.
Para a escolha dos cursos ofertados, houve as pesquisas tanto sobre as demandas do mercado, quanto da disposição dos alunos. “Quais eram as demandas que o nosso mercado profissional da região precisava? Solda, informática com vendas, instalação de ar-condicionado, instalação fotovoltaica e operador CNC. Fizemos esse levantamento e depois foi feita uma pesquisa de interesse dos alunos que estavam no eixo”, esclarece.
O projeto acontece toda quinta-feira e sexta-feira nas instituições Satc, Senai, Abadeus e Bairro da Juventude. São cursos de 80 horas, sendo 60 horas presenciais e 20 horas EAD. “Temos alunos jovens, o que a gente lamenta, porque não entende como não concluiu a questão do ensino fundamental nesse caso. Mas já tivemos alunos aqui com mais de 60 anos, pessoas, mais maduras, que estão vendo nessa possibilidade do Pro-EJA um reposicionamento profissional”, finaliza Fritzen.