O Dia Nacional do Futebol, 19 de julho, foi escolhido para celebrar a importância do esporte para o povo brasileiro, além de marcar a fundação do time gaúcho, o Sport Club Rio Grande. A data celebra o esporte não só como uma forma de entretenimento, mas também de mudança de vida. Alguns ex-jogadores como o lateral esquerdo Aquiles Ghellere, o goleiro Roni Sander Concenco e o meio-campista Georginho, dividiram algumas de suas experiências com o futebol.

O ex-lateral esquerdo do Criciúma e Avaí, Aquiles Ghellere, o Kila, afirma que para ele o futebol foi muito importante para o desenrolar de sua vida. “Durante muitos anos o futebol me sustentou, foi meu trabalho, então para mim foi um início importante. Eu tinha um salariozinho decente, consegui estudar, fiz faculdade, especialização, tudo com futebol. Então o esporte me ajudou muito no começo e desde então eu nunca me desliguei dele, assisto todos os jogos, depois joguei amador.  E brinco até hoje de futebol, porque para mim é uma parte importante da minha vida, eu não sei como seria meu dia a dia, minhas quartas-feiras à noite, final de semana, se eu não tivesse um futebolzinho para assistir”, informa.

Kila ainda ressalta como é importante a existência de um dia que celebra o futebol nacional. “Eu acho muito interessante até para incentivar ainda mais essas crianças, esse pessoal, porque o investimento em futebol no mundo é muito grande. E por causa disso, tem muita gente que conseguiu sustentar a família, ajudar pai e mãe, ajudar parentes por causa do esporte. Então é importante que a gente tenha esse dia para o pessoal lembrar as histórias das pessoas que eram pobres e conseguiram o sucesso na vida, conseguiram o êxito para se sustentar e sentar família”, constata.

O ex-goleiro também do Criciúma, Roni Sander Concenco, conta como o futebol foi importante até mesmo em sua vida pessoal. “Eu aprendi muito com o mundo do futebol, muitas experiências que mesmo depois de parar de jogar levei para minha vida, disciplina, horários e a vida alimentar. O futebol existe muita regra, existe muitos horários e eu levei para a vida. É uma coisa que eu acho que foi muito gratificante, na verdade. Tentei passar isso para minha família, para meus filhos, é um aprendizado único e é uma experiência que eu vivi na minha vida que levo ao pé da letra”, relata.

Concenco ainda expressa como acha gratificante a existência de um dia que celebre o esporte do futebol. “Em relação ao Dia Nacional do Futebol, é gratificante, uma homenagem nada mais justa. Uma carreira muito digna, curta, sofrida, nem tudo é mais de rosas no mundo do futebol. O pessoal acha que joga futebol, todos ficam ricos, milionários, esse é um mundo muito pequeno e exclusivo. Jogar futebol hoje requer muita disciplina, sorte, competência, e uma homenagem dessa é uma coisa muito válida. Só quem viveu esse mundo do futebol profissional pode celebrar esse dia com muita honraria e gratidão”, declara.

George Minatto Paulino, o Georginho, ex-meio-campista de times como o Beitar Jerusalem de Israel, explica como o futebol o ajudou a se tornar um ser humano melhor. “No futebol aprendi a respeitar a ganhar a perder. Mas principalmente a me tornar um ser humano melhor. Hoje só ficam as lembranças, mais sou muito grato a Deus e ao futebol pela oportunidade de ter sido um jogador profissional”, relembra.

A história por trás da data

O Sport Club Rio Grande, oriundo da cidade de mesmo nome, foi criado em 19 de julho de 1900, sendo considerado o primeiro time de futebol oficial do país. Fundado por um grupo de descendentes ingleses, a bola ao qual era usada por eles, era importada da Inglaterra, visto que ainda não haviam fábricas na América do Sul. Por conta disso, a data que foi escolhida pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 1976, como uma forma de homenagear o time mais antigo em atuação no país.

Foto: Divulgação/Beitar Jerusalem