Com o crescente avanço tecnológico, as empresas vêm, cada vez mais, utilizando a internet e métodos inovadores, no seu modo de trabalho. Este fato, gera uma grande dependência, pois, com um elevado número de organizações utilizando um mesmo sistema operacional, a economia fica vulnerável em caso de apagões cibernéticos, explica especialista. Fato esse, ocorrido nos sistemas do Microsoft Windows, no dia 19 de julho. O defeito gerou atraso e cancelamento de voos, afetou operações bancárias e sistemas hospitalares.
O coordenador adjunto dos cursos de Engenharia de Computação e Engenharia de Software, da UniSatc, Vagner Rodrigues, afirma que a principal ameaça que um apagão cibernético pode causar é a paralisação de setores. “Um dos principais riscos da dependência pela internet é a instabilidade econômica que um apagão cibernético em grande escala pode causar. À medida que setores inteiros podem ser paralisados o que pode gerar uma interrupção da cadeia de suprimentos, escassez de produtos e aumento da inflação”, comenta.
O coordenador ainda ressalta alguns outros problemas que apagões em larga escala podem gerar. “Além da interrupção de serviços de comunicação e financeiros, um apagão cibernético pode afetar serviços essenciais como saúde, transporte e energia o que pode colocar vidas em riscos. Caso o apagão seja ocasionado devido a um ataque cibernético, pode ocasionar também crises geopolíticas causando instabilidades no cenário mundial”, informa.
Rodrigues, ainda acrescenta algumas dicas de como as empresas podem se prevenir de falhas como a que aconteceu com o sistema Windows e salienta a importância de diminuir a dependência de uma única empresa no fornecimento de serviços tecnológicos. “São diversas as maneiras de prevenir que falhas assim aconteçam, como por exemplo, planos de contingência para lidar com interrupções, diversidades de fornecedores de serviços digitais para reduzir a dependência de um único fornecedor. Como também, o fortalecimento da segurança cibernética para proteção contra ataques cibernéticos e teste regulares de segurança para identificar vulnerabilidades e garantir resiliência dos sistemas”, afirma.