Datas comemorativas surgem de várias formas. Mas os simbolismos e costumes podem ter influência de outros países. A data comemorativa do ‘Dia da Mentira’, 1° de abril, surgiu devido a uma mudança no calendário cristão durante o século XVI. Na Europa, algumas pessoas eram contra a mudança do calendário juliano, e continuaram comemorando o ano novo no período de final de março a 1º de abril. O que deixou conhecido como um “ano novo de mentira”.
As datas comemorativas podem se adaptar a cultura de cada país. “Um exemplo é o Natal, que não era comemorado perto do final do ano. Nessa data, alguns pesquisadores afirmam que era comemorado a Saturnália, uma festa em homenagem a saturno. Para que essa festa pagã fosse apagada, colocaram a data no mesmo dia, 25 de dezembro”, explica o professor de história, Natan de Oliveira Rezende.
No Brasil, o ‘Dia da Mentira’ se popularizou no século XIX. E até hoje, é popular a prática de brincadeiras relacionadas ao tema. Conforme Rezende, por ser um país colonizado, os brasileiros estão vulneráveis a influência cultural, de outras nacionalidades. “Na minha percepção temos forte influência norte-americana. Consumimos muitas produções audiovisuais de outros países. E isso acaba refletindo na nossa cultura. Halloween é uma coisa que é muito retratada nos filmes norte-americanos, e acaba sendo surrupiada pelos brasileiros”, exemplifica.
O governo vem tomando medidas para que as datas comemorativas e feriados tenham sentido nacional. Como ‘O Dia do Saci’ foi instituído em 2013. A data escolhida foi 31 de outubro, para contrapor ao ‘Dia das Bruxas’. “Um exemplo dessa mudança é o Halloween. Hoje em dia a data é adaptada para algo folclórico do nosso país. Até para poder ser trabalhado nas escolas, com as crianças. Inserindo a nossa cultura nesse cenário de datas comemorativas nacionais”, conclui o professor.
