A exposição infantil às telas digitais vem acontecendo cada vez mais cedo. Com o passar dos últimos anos, crianças cada vez mais novas entram em contato com as telas por meio dos pais, que utilizam estas tecnologias como forma de distrair os pequenos. Esta exposição, pode trazer consigo tanto benefícios, como o desenvolvimento do raciocínio lógico, quanto malefícios, como atrasar o desenvolvimento da fala.
De acordo com a pediatra Júlia Kellers de Souza, a exposição precoce das crianças à celulares e outros aparelhos eletrônicos pode ter grande impacto no desenvolvimento infantil. “Uma criança que é exposta precocemente a tela, pode ter sua saúde afetada. Isso porque o cérebro dela, que está em desenvolvimento, precisa ter contato com a natureza, com outras crianças e cuidadores. Quando é exposta a tela, fica ali parada sem ter nenhuma interação com o meio. Isso pode causar atraso no desenvolvimento motor, na fala, e no cognitivo”, relata.
A pediatra ainda adenda que é importante aos pais entenderem o que seus filhos estão acessando e que não seja nenhum conteúdo inadequado. Além de que o ideal, é crianças não terem contato com as telas antes dos seus dois anos de idade.
Benefícios do uso das telas
Por mais que a exposição a aparelhos eletrônicos tenha diversos perigos, a psicóloga Clarice de Mesquita Behenck, enumera alguns dos benefícios da utilização desses aparelhos por crianças, mas também alerta sobre a que ponto vão estas vantagens. “O pequeno também desenvolve habilidades cognitivas, o raciocínio lógico e o raciocínio matemático. Tem todo um benefício, desde que não seja em excesso”, informa.
Quanto as medidas de segurança, para evitar o uso abusivo de telas e redes sociais, a psicóloga ressalta que o principal é a existência de um diálogo entre os pais e as crianças. “É muito importante que os familiares tenham um diálogo com seus filhos, que consigam conversar e ter paciência para ouvir, verificar, olhar mesmo o histórico, dizer para a eles que tem de haver limites e dizer para essa criança dos perigos dessas redes”, afirma.
*Texto produzido pelo acadêmico Leonardo de Souza