“Fornecer suporte necessário para que as práticas positivas de uma pessoa ou empresa cheguem ao conhecimento da imprensa e do público”. Falando assim, parece um resumo fácil para se aplicar para a assessoria de imprensa. E sim, ao longo de muitos anos, a assessoria de imprensa se resumiu a fazer essa ponte entre assessorado e imprensa. Pois bem, não é mais assim que a comunicação, as mídias e as pessoas funcionam. Em um mundo onde um podcast nasce a cada minuto, em que um canal de Youtube atinge um público maior que muitos canais de TV, em que qualquer pessoa com um celular e acesso a internet tem o poder de se tornar um meio de comunicação, a assertividade da assessoria de imprensa é fundamental e indispensável.
Conheça seu assessorado. O trivial da assessoria de imprensa ainda precisa ser aplicado. “Qual o objetivo? A estratégia? Todos querem as mesmas metas ou é preciso trabalhar individualmente? “. Saber onde o assessorado quer chegar é o ponto de partida, e sem ele, o assessor ficará às cegas.
Saiba o que o público quer ver. Uma empresa possui vários setores, vários tipos de atividades e, nem todas elas, irão brilhar aos olhos da imprensa. É preciso criar filtros para que o assessor não fique rotulado como o “chato das pautas ruins”. É neste item que entra o “jogo de cintura” para lidar com os egos e justificativas de: “Mas esse assunto é bom!”; “Acho que isso vale uma matéria nacional”; “a população precisa saber que isso acontece na nossa empresa”. Toda pauta será a melhor do mundo para quem a está vendendo, mas, é isso mesmo que o público quer ver? Sem filtro o assessor se torna “persona non grata” entre os canais de comunicação e, quando aquela pauta realmente relevante aparecer, não vai ganhar o destaque que merece.
Planeje seu conteúdo e mapeie os canais de mídia. A imprensa está cada vez mais nichada e podemos encontrar conteúdos específicos de qualquer assunto. Será que está valendo mesmo enviar tudo que o assessorado faz para todos ou focar em conteúdos estratégicos para públicos mais assertivos trará mais resultados? Planeje para qual veículo a sua pauta pode ser melhor trabalhada. Conheça os canais de mídia, entenda os públicos específicos. Não é sobre o que você quer mostrar, mas sim, o que o cliente quer saber.
E, claro, monitore seus resultados. O achismo, em tempos de algoritmos, não é mais aceitável. Utilize ferramentas de controle, faça clipagem diária dos assuntos veiculados na imprensa, compare mês a mês onde o público responde melhor aos seus conteúdos, qual veículo de imprensa trouxe mais resultados, tabule os dados e, principalmente, apresente eles ao seu assessorado. Ninguém investe sem saber se está tendo retorno.
A comunicação mudou e, consequentemente, a assessoria de imprensa mudou. Se antes o assessor era 90% relações públicas, hoje ele precisa dividir essa porcentagem em pesquisa de público, conhecimento de algoritmo, trabalhar com SEO, conhecer as ferramentas e softwares disponíveis e, ainda, fazer o networking com a imprensa mantendo os laços do assessorado com os formadores de opinião. Se comunicar bem não é fácil, comunicar com assertividade é um desafio maior ainda e que precisa estar no radar do assessor de imprensa.