Hoje em dia é difícil conhecer alguém que não tenha um animal de estimação em casa. Mas o que muitos não sabem é que, os pets são mais que um ser bonitinho para receber quando chegar em casa. De acordo com a psicóloga Ana Paula Machado, os pets também exercem um papel fundamental na manutenção da saúde mental de seus tutores.
A troca de carinho com um bichinho pode liberar hormônios como a ocitocina, conhecida como o ‘Hormônio do amor’, que faz com que os donos se sintam mais tranquilos e conectados. “Eles oferecem uma companhia constante, um tipo de presença que acolhe sem julgamentos. Ter um pet pode ajudar a diminuir sentimentos de solidão, ansiedade e até mesmo sintomas de depressão. Além disso, cuidar de um animal dá um senso de propósito, algo muito importante para a saúde mental”, afirma Ana.
A cachorrinha que chegou em um momento delicado da vida da estudante de nutrição Gabriela Corrêa, ajudou na sua melhora emocional. “A Luna teve um papel fundamental na minha recuperação. Desde o momento em que chegou, senti uma felicidade imensa, em dias difíceis, bastava o olhar dela para me confortar. Ela me ensinou a desacelerar, a sorrir mais e a valorizar os pequenos momentos”, conta Gabriela.
Ainda, conforme a psicóloga. A rotina tende a mudar com a chegada de um novo integrante, mas pode trazer benefícios como auxílio na redução do estresse, estímulo à atividade física, melhora na autoestima e no humor, conexão social, desenvolvimento de responsabilidade e empatia.
“Desde o início, muita coisa mudou. Nossa maior preocupação foi adaptar a casa para que ela se sentisse segura e confortável. Claro que também tivemos que estabelecer algumas regras simples, mas com o tempo ela se ajustou muito bem à nossa rotina”, afirma a estudante de nutrição.
Os pets não substituem um tratamento psicológico ou psiquiátrico, mas podem ser um complemento valioso. “Para pessoas com ansiedade, por exemplo, a rotina como alimentar, passear e brincar com os pets, podem ajudar a organizar o dia e trazer estabilidade. Já para quem vive com depressão, o vínculo com o animal pode ser um dos poucos momentos de conexão e prazer no cotidiano. Animais também são usados em terapias assistidas, como no caso de crianças com autismo ou idosos com Alzheimer, pois ajudam a estimular emoções, memórias e a comunicação”, explica a psicóloga.
Adoção precisa ser realizada de maneira consciente
Para completar uma adoção, é necessário planejamento e realizar de maneira responsável. ”A adoção responsável, é extremamente importante tanto para o animal quanto para a pessoa. Porque o animalzinho adotado, precisa de determinadas condições para que possa ter uma vida de qualidade“, afirma a voluntária da ong SOS Vira-Lata, Louise Geremias.
Segundo Louise, quando acontecem as feirinhas, é feita uma entrevista com os interessados para entender se a pessoa tem a noção e a capacidade de cuidar de um animal. “A gente vê se ela já teve animal, conhece qual é o cuidado, trabalho, custo, se a casa é bem cercada e qual a intenção da pessoa com o animalzinho. Se é para deixar na corrente, a gente já nem doa”, explica.
Escrito por: Gabriela Santana