Buscando desenvolver novos produtos e estreitar as relações, uma comitiva da Repsol Sinopec Brasil visitou o Centro Tecnológico da Satc. Os representantes da empresa estiveram reunidos com os diretores da Satc e com a equipe do Núcleo em Energia e Síntese de Produtos da Satc Negócios, buscando aprofundar as discussões sobre o projeto que desenvolve adsorventes para a captura de carbono direta do ar.
“Esse projeto da Repsol é de extrema importância para desenvolvimento de adsorventes para captura. A gente está desenvolvendo três adsorventes, e nesse projeto, que vai rodar durante até o final do ano que vem, a ideia é desenvolver esses adsorventes para suprir a demanda de materiais para o projeto que eles têm com a PUC”, explica o líder do Núcleo em Energia e Síntese de Produtos da Satc Negócios, o pesquisador Thiago Aquino.
Os pesquisadores do CT Satc também já haviam visitado a Repsol para compreender as etapas dos processos em cada organização. Este primeiro projeto conta com o apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).
“A ideia é desenvolvermos esse primeiro projeto em bancada e depois, futuramente, um segundo projeto em uma escala maior. É um programa de inovação aberta da Repsol, e esse nosso projeto é um deles, e tem uma importância bem grande no desenvolvimento de tecnologias para captura do CO2”, conta Aquino.
A captura direta do CO2 no ar, também conhecido como Direct Air Capture (DAC) está com muita força no mundo, com investimentos do governo americano e de países europeus, para que as metas de clima sejam atingidas em sua totalidade.
“Eles entenderam que só a captura de fontes fixas talvez não supra a demanda de remoção de CO2 de atmosfera para atingir as metas de redução da temperatura do planeta em até 1,5°C. Então, a captura direta do ar é uma das opções para acelerar esse processo de remoção do CO2 da atmosfera. É um projeto pioneiro, bem interessante”, afirma.
O projeto com a Repsol avança e deve entrar em novas etapas no próximo ano e com perspectivas de novas parcerias. “A visita foi positiva não só no sentido do acompanhamento do projeto em si, mas também para eles verem toda a infraestrutura da Satc e do Centro Tecnológico. Conseguimos mostrar os produtos que a gente já está desenvolvendo para o projeto, mostramos também alguns equipamentos que a gente já está adquirindo, a equipe toda estava trabalhando. Além disso, eles também viram já os projetos das plantas pilotos que a gente tem aqui, que isso também é algo que interessa eles para o futuro, pensando em outras parcerias. Eles se mostraram muito satisfeitos tanto com as atividades do projeto quanto com toda a estrutura da Satc em si”, ressalta a coordenadora do projeto com a Repsol e integrante do Núcleo em Energia e Síntese de Produtos da Satc Negócios, a pesquisadora Beatriz Bonetti.