Em uma intensa agenda de visitas em uma verdadeira imersão na cultura japonesa, a comitiva catarinense que participa da Missão Internacional liderada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) leva boas perspectivas de parcerias. Nesta segunda-feira (21) inicia a segunda etapa da viagem, desta vez buscando conexões em Singapura.

Na semana de atividades no Japão a comitiva visitou a Universidade Tecnológica de Tóquio, a Embaixada do Brasil na cidade, o Instituto Tecnológico da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), o Ministério da Educação, da Cultura, dos Esportes, da Ciência e da Tecnologia do Japão, a Universidade de Chukyo e a Universidade de Quioto, instituições com as quais foi possível iniciar conversas de parcerias em pesquisa e intercâmbio de alunos desde o nível de graduação até possibilidades de pós-doutorado.

Estruturas de incentivo a startups que colocam o Japão entre os países que mais têm investido na área; inovações em armazenamento de acervos de biblioteca; estruturas de treinamento para excelência acadêmica aliada à excelência no esporte; cases de pesquisa e áreas nas quais é possível estreitar relações e promover colaborações entre pesquisadores. 

Os resultados da missão, para o presidente da Fapesc, Fábio Holthausen, já se mostram extremamente promissores. “Essa é a etapa inicial de um processo de criação de relações dentro do ecossistema de pesquisa e inovação que irá gerar resultados com início das cooperações com impacto a longo prazo para a pesquisa e inovação em Santa Catarina. Será um novo momento”, aponta. O reitor da Satc, professor Carlos Antônio Ferreira, integra o grupo que está na agenda oficial.

Recepção calorosa e case de inspiração para novos cientistas 

Na última das agendas, na sexta-feira (18) na Universidade de Quioto, a segunda maior do país, o grupo foi recebido pelo doutorando Matheus Mello. Natural de Florianópolis e egresso do curso de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o jovem está há um ano no Japão por meio de uma bolsa após ter, de 2015 a 2016, cursado um ano de Física na Universidade de Nagoya com subsídio de uma bolsa do Governo Federal.

Destaque de iniciação científica desde o início da graduação, Matheus foi bolsista de mestrado por meio da Fapesc e diz que a educação mudou sua história de vida, garantindo estar disposto a apoiar e receber estudantes brasileiros interessados em seguir carreira na pesquisa.

“Vai ser um prazer poder, de alguma forma, ser ponte entre pesquisadores e grupos de pesquisa brasileiros com a Universidade de Quioto. O Japão tem uma qualidade de vida muito significativa e muitas portas abertas para a ciência, possibilitando que eu me dedique a ela com as condições necessárias para isso. O que eu puder fazer para isso, trocando ideias, incentivando e orientando, farei, pois sei que a educação transforma de verdade”, salientou, contando também sua parte de sua trajetória de vida e os caminhos percorridos até chegar no sonhado doutorado no país.

Após intensa agenda, no final de semana o grupo se deslocou para a segunda etapa da missão internacional. Nesta segunda-feira (21) a agenda em Singapura inicia com a visita à Universidade Tecnológica Nanyang, seguida de visita à startup 2DMsolutions.

Texto e fotos: jornalista Mayara Cardoso/Acafe.