Os casos de dengue registrados no Sul catarinense têm chamado atenção das autoridades de saúde na região. Desta forma a Secretaria de Saúde do Estado busca alertar a comunidade sobre a situação da doença, visando orientar e prevenir aos cidadãos no combate desta epidemia.  Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive/SC),  o Estado detectou 401 novos casos de dengue em apenas uma semana.

O número de notificações neste ano até então passou de 1330 para 1731 em relação ao ano anterior,  um aumento de 30%. Segundo o órgão, o cenário indica “para um aumento de casos nos próximos dias”. Ao todo, 145 municípios de Santa Catarina sofrem com a infestação de dengue, detalha a Dive.

Os municípios com as maiores taxas de incidência de dengue,  dado que leva em conta o tamanho da população  são: Palhoça (com 817 casos e taxa de 345,22), São João do Oeste (6 casos e taxa de 95,44), Coronel Freita (7 casos e 67,94), Joinville (330 casos e 53,4), Florianópolis (199 casos e taxa de 34,66) e Itapema (22 casos e taxa de 28,85).

Neste ano já foram identificados 12 focos do mosquito da dengue em Criciúma, enquanto no mesmo período de 2023 foram registrados 16 focos.

Como a doença se manifesta

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes.

A Secretaria de Estado da Saúde alerta a população para manter os cuidados e eliminar locais com água parada, melhor maneira de prevenção à dengue. “São ações simples que devem ser colocadas em prática agora, no outono e, também depois, no inverno. É preciso que seja um hábito analisar e inspecionar o quintal, a casa e o ambiente de trabalho. Eliminar locais que possam acumular água, pelo menos, uma vez por semana”, explica Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

Prevenção à dengue é trabalho de todos

Neste ano já foram identificados 12 focos do mosquito da dengue em Criciúma, enquanto no mesmo período de 2023 foram registrados 16 focos.

A prevenção da dengue depende de uma ação conjunta entre o poder público e a população. “Manter os cuidados básicos, ou seja, eliminar os locais que possam acumular água ainda é a melhor maneira de prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Descartar corretamente o lixo, manter piscinas e calhas limpas, não acumular entulho, são atitudes que precisam virar rotina. Não esquecer também os objetos maiores, como as caixas d’água, que precisam ser tampadas”, relembra Ivânia Folster, gerente de zoonoses da DIVE/SC.

Com o objetivo de conter o aumento de casos de dengue no estado, a Secretaria de Estado da Educação (SED) mobilizou 1.053 escolas para o Dia D de combate à dengue. Nesta terça-feira (4), estudantes realizaram ações de conscientização.

Foram feitas atividades de prevenção de combate a fim de conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que também é transmissor da zika e chikungunya.

*Texto de Léa Zongo com informações da Assessoria da Dive/SC.